Milho: Sem novidades, mercado volta a registrar leves ganhos na sessão desta 6ª feira em Chicago

Publicado em 20/11/2015 07:33

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a exibir leves ganhos na sessão desta sexta-feira (20). Os principais contratos do cereal registravam altas entre 0,50 e 0,75 pontos, por volta das 12h58 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,65 por bushel.

Ainda na visão dos analistas, o mercado segue sem informações fortes o suficiente para impulsionar as cotações. Na sessão desta quinta-feira, os preços acabaram encontrando suporte nos números das exportações semanais indicadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Na semana encerrada no dia 12 de novembro, as vendas do cereal somaram 779,8 mil toneladas. O volume ficou acima das expectativas dos investidores entre 500 mil a 700 mil toneladas. Em comparação com a semana anterior, o número é equivalente a uma alta de 26%. O último número indicado pelo USDA era de 618,6 mil toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Em Santos, preço recua 1,96% nesta 5ª feira com influência do dólar; saca cotada a R$ 35,00

A quinta-feira (18) foi negativa ao preço do milho no Porto de Santos. A cotação recuou 1,96%, com a saca do cereal negociada a R$ 35,00. Já no Porto de Paranaguá, a cotação permaneceu estável em R$ 34,00 a saca do grão. em Ubiratã (PR), o valor caiu 1,25%, com a saca a R$ 23,70 e em São Gabriel do Oeste (MS), o dia foi levemente positivo, com alta de 2,17% e a saca a R$ 23,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, o dia foi de estabilidade.

Mesmo com a ligeira alta no mercado internacional, as cotações acabaram sendo influenciadas pelo comportamento cambial. A moeda norte-americana, por sua vez, encerrou o dia a R$ 3,7290 na venda, com queda de 1,61%. O menor nível de fechamento desde 1º de setembro, quando tocou o nível de R$ 3,6880. De acordo com dados da agência Reuters, o dólar recuou em meio a uma reação de que o aperto monetário nos EUA se dará de forma gradual e também devido à atuação do Banco Central.

O dólar também acabou pesando sobre os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity fecharam o pregão desta quinta-feira com desvalorizações entre 0,70% e 1,25%. O contrato janeiro/16 era cotado a R$ 34,49 a saca.

E os analistas ressaltam que o câmbio tem sido o principal fator de suporte aos preços do cereal. “Só estamos com preços acima da média por conta da valorização do câmbio, o que proporcionou as exportações, que para essa temporada deverão ser recordes. E, caso o dólar se mantenha valorizado no próximo ano, também deveremos embarcar bem e manter a competitividade no mercado internacional”, explica o analista de mercado da FCStone, Glauco Monte.

De acordo com informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), no acumulado do mês de novembro, as exportações de milho superam as 2.242,3 milhões de toneladas, com média de 249,1 mil toneladas. A perspectiva é de embarques recordes para essa temporada, acima de 27 milhões de toneladas.

Bolsa de Chicago

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira do lado positivo da tabela. Os contratos do cereal exibiram ganhos entre 2,00 e 2,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,64 por bushel, já o maio/16 fechou o dia a US$ 3,75 por bushel.

O movimento positivo é decorrente dos números das vendas para exportação divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 12 de novembro, as vendas do cereal somaram 779,8 mil toneladas.

O volume ficou acima das expectativas dos investidores entre 500 mil a 700 mil toneladas. Em comparação com a semana anterior, o número é equivalente a uma alta de 26%. O último número indicado pelo USDA era de 618,6 mil toneladas.

Com o novo reporte, as vendas acumuladas na atual temporada chegam a 14.603,0 milhões de toneladas de milho, 30% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior.

Também nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) reduziu a sua projeção para a safra global de milho em 3 milhões de toneladas, para 967 milhões de toneladas nesta temporada. O ajuste foi feito devido aos problemas com a seca em lavouras da China, Etiópia e África do Sul.

O IGC reduziu a previsão para a safra da China em 7 milhões de toneladas para 220 milhões, embora a produção continue ligeiramente acima da colheita anterior, de 215,6 milhões de toneladas. Em contrapartida, o conselho elevou sua previsão para a safra dos EUA para 346,8 milhões de toneladas, ante projeção anterior de 342,3 milhões de toneladas.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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