Milho: Nesta 3ª feira, mercado exibe ligeiras movimentações e opera próximo da estabilidade
Em uma sessão calma, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) tentam se manter do lado positivo da tabela. Por volta das 12h33 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam ganhos entre 1,00 e 2,00 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,61 por bushel, mesmo patamar registrado no início do pregão.
Conforme informações de agências internacionais, os participantes do mercado buscam cobrir as posições vendidas recentemente. "Hoje, temos um movimento de compra de posições vendidas no caso da soja e do milho", ressalta Paul Georgy, CEO da Allendale em entrevista ao site AgWeb.
E, frente a finalização da safra norte-americana, cerca de 96% da área semeada nesta temporada já foi colhida, as atenções dos investidores estão voltadas para a safra sul-americana.
Assim como na soja, as cotações da commodity tentam ampliar os ganhos registrados no dia anterior. Nesta segunda-feira, os preços fecharam com leves altas, impulsionadas pelo reporte da venda de 1.440,180 milhão de toneladas do grão para o México, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Por outro lado, os embarques do grão somaram 373,618 mil toneladas na semana encerrada no dia 12 de novembro. O volume ficou bem abaixo das estimativas dos participantes do mercado, entre 650 mil a 850 mil toneladas. Paralelamente, os analistas afirmam que, o foco dos participantes do mercado é a evolução da safra na América do Sul.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em Chicago, mercado tem dia de leve alta com impulso da venda de mais de 1 mi de t ao México
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta segunda-feira (16) com ligeiras altas. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 1,00 e 1,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel.
Durante o pregão, os preços do cereal tentaram ampliar os ganhos em meio ao anúncio de venda feito pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão reportou, nesta segunda-feira, a negociação de 1.440,180 milhão de toneladas do grão para o México. Do volume total negociado, cerca de 952,500 mil toneladas serão entregues na temporada 2015/16 e o restante, em torno de 487,680 mil toneladas, durante a campanha de comercialização de 2016/17.
Em contrapartida, os números dos embarques semanais ficaram aquém das estimativas dos investidores. Na semana encerrada no dia 12 de novembro, os embarques somaram 373,618 mil toneladas. O volume ficou acima do indicado na semana anterior, de 295,701 mil toneladas. Porém, o volume ficou bem abaixo das estimativas dos participantes do mercado, entre 650 mil a 850 mil toneladas.
Dessa forma, o volume total embarcado pelo país soma 5.912,309 milhões de toneladas nesta temporada. Segundo informações do site internacional Pro Farmer, o número representa uma queda de 24,3% em relação ao mesmo período de 2014, quando os embarques estavam próximos de 7.806,995 milhões de toneladas do grão.
E, assim como no caso da soja, com a finalização da safra americana, o foco dos participantes do mercado está voltado à safra na América do Sul. E, nas duas principais regiões produtoras, Brasil e Argentina, os agricultores reduziram a área destinada ao cereal.
Enquanto isso, as apostas dos participantes do mercado é que o USDA indique a colheita completa em 96% da área semeada nesta temporada. Na semana anterior, o índice colhido estava em 93%. O departamento atualiza os números no final desta segunda-feira.
Mercado interno
Mais uma vez, a queda do dólar acabou pesando sobre os preços praticados no Porto de Paranaguá. A saca do milho negociada voltou ao patamar de R$ 34,00 a saca, com queda de 2,86%. O câmbio, por sua vez, finalizou a sessão com perda de 0,37% e cotado a R$ 3,8185 na venda. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a subir 1,75% e chegou a R$ 3,8621. No pregão, o câmbio foi influenciado pela postura cautelosa dos investidores frente aos ataques em Paris, a situação política e econômica no Brasil e a expectativa de elevação da taxa de juros nos EUA.
Paralelamente, no mercado interno, as exportações aquecidas permanecem sustentando os preços no mercado brasileiro, conforme levantamento realizado pelo Cepea. "Com preços de exportação atrativos aos vendedores nacionais, produtores seguem adiantando a comercialização do cereal. Em divulgação feita na terça-feira, dia 10, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ajustou para cima as estimativas das exportações brasileiras da atual temporada para 29,69 milhões de toneladas, recorde", informou em nota.
No acumulado do mês de novembro, os embarques de milho já superam as 2.242,3 milhões de toneladas, com média diária de 249,1 mil toneladas. O volume representa uma ligeira queda, de 5,7%, em comparação com o mês anterior. As informações foram reportadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
No mesmo período, as exportações renderam ao Brasil uma receita de US$ 376,3 milhões, com média diária de US$ 41,8 milhões.