Milho: Em Chicago, mercado testa recuperação e inicia pregão desta 4ª feira com ligeiras altas
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras altas na manhã desta quarta-feira (11). Por volta das 7h50 (horário de Brasília), os principais contratos do cereal exibiam ganhos entre 2,00 e 3,00 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel, depois de fechar o dia anterior a US$ 3,59 por bushel
Assim como a soja, os preços da commodity testam uma recuperação após ter registrado perdas de mais de 7 pontos no mercado internacional. O mercado acabou recuando nesta terça-feira pressionadas pelas novas estimativas do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão revisou para cima os números da safra americana, para 346,82 milhões de toneladas e da produtividade, que subiu para 179,17 sacas por hectare.
Os estoques finais americanos também registraram uma elevação e subiram de 39,65 milhões para 44,70 milhões de toneladas. Outro número que também chamou a atenção dos investidores foi o aumento expressivo nos estoques finais globais, em mais de 24 milhões de toneladas. O número ficou em 211,91 milhões de toneladas, contra as 187,93 milhões de toneladas projetadas em outubro.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Aumento nos estoques finais globais surpreendem mercado e preços fecham com queda de mais de 7 pts na CBOT
As principais posições do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta terça-feira (10) em campo negativo. Ao longo do dia, os futuros do cereal ampliaram as perdas e finalizaram a sessão com quedas entre 7,40 e 8 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,59 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,65 por bushel.
Assim como na soja, o movimento negativo é um reflexo dos números do novo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado na tarde desta terça-feira. Para a safra americana do cereal, o órgão aumentou a produção de 344,32 milhões para 346,82 milhões de toneladas nesta temporada. A produtividade média das plantações também foi revista para cima, de 177,8 sacas para 179,17 sacas por hectare.
Por sua vez, os estoques americanos ficaram em 44,70 milhões de toneladas, contra as 39,65 milhões de toneladas indicadas no mês anterior. Porém, um números que mais chamaram a atenção dos investidores foi o dos estoques finais mundiais, segundo ressalta o analista e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. O USDA projetou os estoques em 211,91 milhões de toneladas, um aumento de 24 milhões de toneladas em relação ao último relatório, de 187,83 milhões de toneladas.
No caso do Brasil, a safra foi estimada em 81,50 milhões de toneladas, frente as 80 milhões de toneladas indicadas em outubro. Já os estoques caíram de 15,17 milhões para 9,67 milhões de toneladas. "O entendimento é que o ritmo de embarques será forte no milho", explica Motter.
Mercado interno
Em Paranaguá, a saca do milho era cotada a R$ 33,00 nesta terça-feira. E, apesar da queda do dólar e em Chicago, o preço subiu 8,11% em Campo Novo do Parecis (MT) para R$ 20,00. Na região de Tangará da Serra (MT), a valorização foi de 7,89%, com a saca a R$ 20,50. Já em Luís Eduardo Magalhães (BA), o preço ficou em R$ 30,00, com alta de 3,45%. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
A moeda norte-americana fechou a sessão com queda de 0,22%, cotada a R$ 3,7915 na venda. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 3,8250. De acordo com informações da agência Reuters, o pregão foi marcado por poucas notícias e pela atuação maior do Banco Central no mercado. Fator que acabou compensando o clima de aversão ao risco provocado por dados fracos sobre a economia da China.
Ainda assim, os embarques aquecidos ainda ajudam a sustentar os preços no mercado interno. No acumulado do mês de novembro, as exportações somam 986,3 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 246,6 mil toneladas.