Milho: Em Chicago, mercado inicia sessão desta 6ª feira com ligeiras quedas, próximo da estabilidade
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (30) com leves quedas, próximas da estabilidade. Por volta das 7h54 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ligeiras perdas entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,79 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 3,80 por bushel.
Nesta quinta-feira, as cotações buscaram uma recuperação frente às desvalorizações recentes. Para isso, o mercado encontrou suporte no boletim de vendas para exportação, que acabou surpreendendo os investidores. Na semana encerrada no dia 22 de outubro, as vendas somaram 708,8 mil toneladas do grão, de acordo com dados oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Ainda assim, os analistas explicam que faltam informações que possam estimular um movimento de alta mais expressivo nas cotações internacionais. Tanto é que, os participantes do mercado permanecem acompanhando as notícias sobre o andamento da colheita norte-americana do grão e a confirmação da safra.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Mercado tem dia de recuperação em Chicago, com suporte das exportações semanais
Após duas sessões em quedas, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo positivo e fecharam o dia com ganhos de mais 3 pontos. Ao longo desta quinta-feira (29), as principais posições do cereal ampliaram as altas e o vencimento dezembro/15 encerrou o pregão era cotado a US$ 3,80 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,76 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o mercado acabou encontrando suporte no boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 22 de outubro, as vendas totalizaram 708,8 mil toneladas do cereal, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O volume ficou acima das apostas dos participantes do mercado, que estavam entre 300 mil a 500 mil toneladas. O número também ficou acima do registrado na semana anterior, de 248 mil toneladas. Com isso, as vendas acumuladas da atual temporada chegam a 12.648,6 milhões de toneladas, uma queda de 33% em relação ao mesmo período do ano comercial anterior.
Apesar da movimentação positiva, os analistas ressaltam que faltam informações para impulsionas as cotações do cereal em Chicago. Consequentemente, as atenções se voltam para a finalização da colheita do cereal no país. Até o início da semana, mais de 75% da área plantada já havia sido colhida. O USDA atualiza as informações no boletim de acompanhamento de safras, que será reportado na próxima segunda-feira (2).
Além disso, com a finalização dos trabalhos nos campos, os produtores americanos irão se concentrar no planejamento da safra 2016/17 no país. Especialmente em relação à área que será destinada ao milho e também para a soja na próxima temporada nos EUA.
Do mesmo modo, a safra da América do Sul também está sendo observada pelos investidores. Tanto no Brasil, como na Argentina, os produtores rurais reduziram a área semeada com o milho. Por outro lado, o clima em ambos os países também são observados.
Mercado interno
Mesmo com a queda no dólar, o preço do milho subiu 2,90% no Porto de Paranaguá, com a saca negociada a R$ 35,50. Em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação registrou ganho de 4,35% e a saca do grão fechou o dia cotada a R$ 24,00. A quinta-feira ainda foi positiva em Não-me-toque (RS), onde a saca apresentou elevação de 1,75%, com o preço a R$ 29,00. Na contramão desse cenário, o valor caiu 2,38% em Tangará da Serra (MT), com a saca a R$ 20,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Por sua vez, o câmbio encerrou o pregão a R$ 3,8541 na venda, com queda de 1,68%, menor patamar observado nas duas últimas semanas. Na mínima do dia, o dólar recuou 1,80% e tocou o nível de R$ 3,8496. Segundo dados da agência Reuters, a moeda norte-americana caiu com os investidores desmontando apostas de alta da moeda ao fim de um mês um pouco mais calmo. Ainda assim, as incertezas políticas e econômicas continuam no radar dos participantes do mercado.
Contudo, os analistas ainda explicam que o dólar tem sido um importante componente aos preços no mercado interno e tem ajudado as exportações brasileiras. No acumulado do mês de outubro, os embarques brasileiros do grão já totalizam 4.032,9 milhões de toneladas, com média diária de 252,1 mil toneladas do grão, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Ao longo dessa semana, o Cepea também informou que os line-ups permanecem positivos nos portos brasileiros. Em Santos, o volume a ser embarcado ultrapassa 1 milhão de toneladas, em Paranaguá, o número chega a 900 mil toneladas de milho. Para essa temporada, as exportações podem superar os 27 milhões de toneladas. Notícias de carregamentos de milho do Brasil com destino aos EUA, o que não seria comum para essa época, também rondaram o mercado.
Outro fator que também começa a ser observado é a demanda interna que está aquecida. Especialmente, a demanda do setor de rações, que continua firme, ainda de acordo com os especialistas. Diante desse cenário, a perspectiva é que as indústrias brasileiras terão que concorrer com as exportações para adquirir o milho do país.