Milho: Na BM&F, preços operam em alta pelo 2º dia consecutivo e nov/15 é cotado a R$ 34,66/sc
Pelo segundo dia consecutivo, as cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo positivo. Por volta das 11h35 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam valorizações entre 0,85% e 1,29%. O contrato novembro/15 era cotado R$ 34,66 a saca, depois de encerrar o pregão desta quarta-feira a R$ 34,17 a saca.
Os analistas explicam que, os preços têm sido influenciados pelo comportamento cambial. Ainda hoje, a moeda norte-americana operou em alta em boa parte da manhã, porém, voltou a trabalhar em campo negativo após o Banco Central manter os juros básicos em 14,25% e desistir de trazer a inflação ao centro da meta em 2016, adiando o objetivo para 2017, segundo informou o site G1.
O dólar era cotado a R$ 3,9289 com queda de 0,35%, por volta das 11h29. Nas últimas quatro sessões, o câmbio acumulou alta de 3,75% frente às preocupações com os cenários internos e externos. O quadro político e econômico do Brasil permanece sendo observada pelos investidores.
Já no mercado interno, os negócios permanecem lentos, uma vez que os produtores estão mais focados no plantio da soja nesse momento. "Os agricultores estão sentados em cima do milho, já estão bem posicionados e, nesse momento, esperam chuvas para semear a cultura da soja na safra de verão", ressaltou o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.
Bolsa de Chicago
Ao longo da sessão desta quinta-feira (22), os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) já testaram os dois lados da tabela. As principais posições do cereal exibiam leves ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos, por volta das 11h59 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,82 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,81 por bushel.
Conforme informações dos analistas as cotações do cereal têm operado no intervalo de US$ 3,90 a US$ 4,00 por bushel, frente à falta de novas informações, que possam alavancar os preços. Com isso, o site Farm Futures destaca que os participantes do mercado seguem olhando o andamento da colheita nos Estados Unidos. "Os preços tentam avançar com o suporte da chuva no Meio-Oeste essa semana, o que pode retardar a colheita do grão no país", ponderou o analista e editor do portal, Bob Burgdorfer.
Por outro lado, as vendas para exportação ficaram em 248 mil toneladas do grão na semana encerrada no dia 15 de outubro, de acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O volume representa uma queda de 59% em relação ao número divulgado na semana anterior, de 658,4 mil toneladas.
O número também ficou abaixo das apostas dos participantes do mercado, que estavam entre 450 mil a 650 mil toneladas. No período, o principal comprador do grão norte-americano foi o Japão, que adquiriu 103,5 mil toneladas. No acumulado da temporada 2015/16, as vendas somam 11.939,9 milhões de toneladas do cereal, uma queda de 36% em comparação com o volume registrado no ano comercial anterior.
Ainda hoje, o mercado também observa a informação de que a China poderá comprar cerca de 50% menos milho para estoques estatais na temporada 2015/16 em relação ao ciclo anterior. Os analistas das indústrias ressaltaram que, os governos locais estão oferecendo subsídios para encorajar as indústrias a usar mais grãos produzidos no país.
Consequentemente, a nação asiática deverá comprar entre 40 milhões a 50 milhões de toneladas de milho para essa temporada. No ciclo 2014/15, o volume adquirido foi de 83 milhões de toneladas, ainda conforme dados dos analistas.