Milho: Em meio à alta do dólar, preços sobem mais de 1% na BM&F nesta 4ª feira

Publicado em 21/10/2015 12:24

A alta registrada no câmbio ao longo desta quarta-feira (21) impulsionou os preços do milho praticados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 1,13% e 1,40%, por volta das 12h29 (horário de Brasília). O vencimento novembro/15 era cotado a R$ 34,10 a saca, depois de fechar o dia anterior a R$ 33,78 a saca.

De acordo com Antônio Domiciano, da Smartquant Fundos Investimentos, os preços recuaram recentemente na bolsa brasileira e precisa se manter acima do patamar dos R$ 33,00 para seguir no padrão de alta. "Caso o nível seja perdido, o mercado deve tentar descer para R$ 32,20 e sem seguida testar os R$ 30,00/sc. Porém, caso se mantenha acima dos R$ 33,00 tem boas chances de resistir a realização e tentar buscar o retorno para o nível de R$ 36,00 a R$ 37,00, área que segura a subida de longo prazo", explica.

Enquanto isso, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,9605 na venda, com ganho de 1,47%. Nas últimas três sessões, o câmbio acumulou alta de 2,69%, conforme dados do site G1. O dólar tem encontrado suporte no avanço da moeda nos mercados externos frente às preocupações com a economia da China e a apreensão com o quadro político e econômico no Brasil.

Além disso, o analista de mercado, Antônio Domiciano, ainda destaca que o mercado de dólar mantém sua tendência de alta no longo prazo no cenário mundial, movimento que se acentua ainda mais por conta desse atual ambiente político e econômico, e o que o mantém na defensiva. "Se o mercado voltar a trabalhar acima dos R$ 4,00 tenta subir para os  R$ 4,20, depois dele segue em alta para o R$ 4,50 e os R$ 5,00. A perda dos R$ 3,80 abre janela para uma descida sadia para os R$ 3,60, ponto de parada obrigatória", explica o analista.

Já as exportações brasileiras de milho começam a ganhar ritmo a partir de agora. No acumulado do mês de outubro, os embarques totalizam 2.928 milhões de toneladas do grão, com média diária de 266,2 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Para essa temporada, as projeções indicam exportações recordes, que podem superar os 27 milhões de toneladas.

Bolsa de Chicago

Durante o pregão desta quarta-feira (21), os futuros do milho tentam se manter em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 12h54 (horário de Brasília), as primeiras posições da commodity exibiam ganhos entre 0,75 e 1,50 pontos. Já os contratos mais longos registravam ligeiras perdas, entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, após iniciar a sessão a US$ 3,76 por bushel.

Sem novas informações, o mercado continua acompanhando a evolução da colheita do grão nos Estados Unidos. "O milho permanece praticamente inalterado, uma vez que o mercado avalia o impacto da chuva desta semana sobre a colheita no Meio-Oeste", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do site Farm Futures.

Até o momento, pouco mais de 59% da área cultivada nesta safra já foi colhida conforme dados oficiais. Na semana anterior, a colheita estava completa em 42% da área semeada nesta temporada. Ainda nos próximos dias, as previsões indicam chuvas para boa parte do cinturão produtor de milho, segundo informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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