Milho busca estabilidade em Chicago após relatório baixista do USDA

Publicado em 12/10/2015 09:17

Após o reporte do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na última sexta-feira (9) que motivou um movimento de queda nas principais posições do milho os negócios na Bolsa de Chicago (CBOT) estão praticamente de lado neste início de semana.  Por volta das 9h (Brasília) o vencimento dezembro/15 era negociado  a US$ 3,82 por bushel, com queda de 0,25 pts. Março/2016 recuava 0,5 pts cotado a US$ 3,93 e o vencimento Maio/2016 registrava 0,5 pts de queda e negócios a US$3,99/bushel. 

Apesar de trabalhar dos dois lados da tabela no pregão da madrugada, aparentemente o movimento de queda iniciado a partir dos números do relatório da semana passada, foi estancado. 

No relatório de oferta e demanda divulgado na última sexta-feira (9) , a produção norte-americana da temporada 2015/16 foi estimada em 344,32 milhões de toneladas. O número é levemente menor do que o indicado no mês anterior, de 345,08 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produtividade das lavouras do cereal exibiram ligeira revisão e passaram de 177,27 scs por hectare para 177,8 scs por hectare.

"O mercado apostava a produção dos EUA próxima de 342 milhões de toneladas e tivemos um número acima do esperado. A produtividade também ficou pouco acima, então o entendimento é que não temos uma escassez de milho nesse momento. E, por isso, as cotações recuaram no mercado internacional", explica o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo.

Em relação aos estoques, o USDA indicou um número de 39,65 milhões de toneladas, contra os 40,44 milhões de toneladas projetados em setembro. O milho destinado à produção de etanol foi mantido em 133,36 milhões de toneladas, assim como, as exportações em 46,99 milhões de toneladas.

No cenário mundial, a produção do cereal foi estimada em 972,6 milhões de toneladas. Em seu último boletim, o órgão indicou a safra em 978,1 milhões de toneladas. Já os estoques finais globais foram estimados em 187,83 milhões de toneladas, contra os 189,69 milhões de toneladas.

Ao longo de toda a semana, os participantes do mercado se preparam para o relatório do USDA desta sexta-feira. Contudo, as informações sobre o andamento da colheita do milho no país também permanece no foco dos investidores. Até o início dessa semana, pouco mais de 27% da área havia sido colhida com o cereal. O departamento atualiza as informações na próxima segunda-feira (12).

E, apesar da queda mais forte registrada na sessão desta sexta-feira, o analista da Agrinvest ainda ressalta que é preciso acompanhar o clima adverso na Ucrânia. "Temos que acompanhar esse cenário e também daqui pra frente teremos as projeções para a nova temporada de soja e milho nos EUA", acredita.

 

 

 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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