Milho: Segunda-feira fecha com mercado de lado em Chicago e bons preços nos portos brasileiros
O mercado internacional do milho acompanhou os negócios com a soja nesta primeira sessão da semana e fechou os negócios bem próximo da estabilidade, depois de caminhar de lado durante todo o dia na Bolsa de Chicago. Assim, os principais vencimentos terminaram o dia com baixas de 0,75 a 1,75 pontos, e o dezembro/15 cotado a US$ 3,74 por bushel.
No Brasil, por outro lado, o dia foi positivo para os preços nos portos, sendo mais uma vez beneficiados pelo dólar. A moeda norte-americana, que operou durante quase toda a sessão em campo positivo, registrou uma ligeira alta frente ao real e favoreceu os negócios no mercado interno. Porém, logo voltou a recuar e exbiu volatilidade e falta de direção.
Assim, No terminal de Paranaguá, o último valor foi de R$ 31,50 por saca, com alta de 3,28% com entrega outubro/15. Em Santos, apesar da baixa de mais de 25, o mercado ainda conseguiu manter um patamar importante, com R$ 31,70/saca.
Como explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, a taxa de câmbio em alta é realmente uma das variáveis mais importantes. Entretanto, outros fatores importantes, mesmo que pontuais, também contribuem para o bom andamento das cotações. "A retração do produtor, que só tem participado do mercado em momentos melhores, também ajuda. Como ocorreu nos útlimos dias, o mercado caiu e o produtor se retraiu por completo. Nesta segunda, voltamos a ter indicações melhores e começam a aparecer mais ofertas", diz.
O mesmo diz o Cepea, informando que o suporte que vem das exportações para a formação dos preços internos do cereal pode ser visto em uma menor oferta no país. E isso acaba "se sobrepondo à pressão vinda da oferta recorde desta safra", informou a instituição em uma nota. "Segundo pesquisadores do Cepea, a expectativa é de que o câmbio mantenha intensas as exportações brasileiras – na BM&FBovespa, todos os contratos futuros de dólar apontam valores maiores que os atuais", completou o Cepea. Somente neste mês de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa já acumula uma alta de 5,6% e, na última sexta-feira (14), fechou a semana com R$ 27,38 por saca.
Na sessão desta segunda, na BM&F, os principais contratos do cereal terminaram o dia em baixa frente à essa volatilidade do dólar e apesar das boas expectativas. O setembro/15 encerrou o dia com queda de 0,68% a R$ 27,86, o novembro/15 com R$ 29,80 e perdendo 0,50% e o janeiro/16 ainda sustentando patamar dos R$ 31,00 caiu 0,13% para encerrar o dia com R$ 31,12 por saca.
Bolsa de Chicago
Em Chicago, o mercado registrou um dia de pouca valorização diante da espera dos traders por mais e novas informações sobre a safra 2015/16 dos Estados Unidos, segundo relataram analistas nacionais e internacionais.
"O mercado segue aguardando a evolução das lavouras e do clima nos Estados Unidos, acredito que isso irá dar o tom no preço internacional", afirma Camilo Motter. "Para o milho, a safra ainda depende de uma chuva aqui, outra ali, mas está quase pronta", completa.
As últimas previsões climáticas indicam chuvas para Iowa na terça-feira (18) e Illinois nesta quarta (19). Já nos próximos 5 e 7 dias, as projeções são de mais chuvas para Iowa e menos acumulados nas demais regiões do Meio-Oeste americano. Já no período dos próximos 6 a 10 dias, o clima quente ainda prevalece, porém, com chuvas acima do normal para o período em todo o Meio-Oeste. As informações parte do NOAA, departamento oficial de clima do governo norte-americano.
Além disso, para o mercado internacional, foram reportados os números de pedidos de indenização do seguro para áreas não plantadas nos EUA em um boletim da Farm Service Agency. os produtores americanos solicitaram o seguro para 930 mil hectares de milho - contra 650 mil de 2014.
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