Milho: Mercado fecha com boas altas em Chicago e foco está na nova safra dos EUA
Acompanhando uma recuperação dos grãos negociados na Bolsa de Chicago, os futuros do milho fecharam a sessão desta quinta-feira (13) em campo positivo. As principais posições do cereal encerraram os negócios subindo de 6,50 a 7,75 pontos, com o dezembro/15 valendo US$ 3,75 e o março/16 em US$ 3,87 por bushel.
"O milho recuperou cerca de um terço do que perdeu no dia anterior diante de compras de barganhas ao longo do dia, mesmo com as previsões climáticas para o Meio-Oeste se mostrando bastante favoráveis para o desenvolvimento da safra norte-americana", disse o analista de mercado do site internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Para o analista, o foco dos negócios com o milho deve ser mantido pelos traders "ainda na precisão do boletim do USDA e no comportamento do clima nos Estados Unidos". Para esta sexta-feira (14), a previsão é de que chuvas atravessem a metade norte do Meio-Oeste. Já nos próximos 5 a 7 dias, somente chuvas mais leves na maior parte da região, de acordo com as últimas informações do NOAA, o departamento oficial de clima do governo americano.
Ainda influenciando os negócios no mercado internacional estão as notícias vindas do cenário macroeconômico, principalmente as que se referem à economia da China. Hoje, a nação asiática anunciou, pelo terceiro dia consecutivo, uma nova desvalorização do yuan. Porém, ao mesmo tempo, o Banco Central do país afirmou também que já não vê mais motivos para continuar com essa depreciação da divisa. Refletindo essas declarações, os indíces acionários asiáticos fecharam o dia em alta.
Como noticiou a agência Reuters, "o banco central da China disse que não há base para mais depreciação do iuan à luz dos fundamentos econômicos fortes do país. A moeda recuava pelo terceiro dia consecutivo após a decisão de Pequim de desvalorizar a moeda na terça-feira" Assim, ainda de acordo com informações reportadas pela Reuters, "o anco do Povo da China disse que o ambiente econômico, superávit comercial sustentado, posição fiscal sólida e grandes reservas internacionais dão fornecem "forte suporte" à taxa de câmbio".
Dólar e Mercado Interno
De olho no desenvolvimento dessas medidas e, internamente, no quadro político e econômico do Brasil, o dólar teve um dia de altas frente ao real nesta quinta-feira. A moeda americana encerrou o dia acima dos R$ 3,50 com uma alta de mais de 1%, após algumas baixas registradas ao longo dessa semana. Assim, nos portos brasileiros, os preços da soja também registraram algumas pequenas valorizações.
Assim, altas também para o milho na BM&F, porém, tímidas. Para o setembro/15, ganho de 0,29% para R$ 28,13 por saca, de 0,47% para novembro/15 - que fechou em R$ 30,06 - e de 1,34% para o janeiro, encerrando o dia em R$ 31,06. Já nos principais portos, os valores do cereal recuaram. Em Paranaguá, o milho para outubro/15 caiu 3,23% para R$ 30,00; em Santos - março/16 - queda de 1,61% para R$ 30,50 e em Santos, baixa de 6,425 para R$ 30,60.