Milho: Chicago mantém recuperação com leves altas; na BM&F, preços também voltam a subir

Publicado em 13/08/2015 13:18

Os futuros do milho ainda operam em alta na Bolsa de Chicago na sessão desta quinta-feira (13) e vinham intensificando, aos poucos, seus ganhos. Os principais vencimentos, por volta das 13h (horário de Brasília), subiam entre 4,25 e 5 pontos no mercado futuro americano, com o contrato dezembro/15 cotado a US$ 3,72 por bushel. 

O mercado segue tentando se recuperar das baixas do pregão anterior - que superaram os 20 pontos - com os traders ainda revisando os últimos - e surpreendentes números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - buscando reajustar suas posições. Como relatou Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures, "essa leve alta nos preços do milho já refletem uma 'busca por barganhas' por parte dos compradores após o tombo de ontem". 

Compradores sul coreanos estão no mercado, ainda segundo Knorr, "buscando garantir suas compras em qualquer lugar, já que há tanto grão barato no mercado", diz. 

Além disso, as expectativas de um aumento do consumo de etanol no país também ainda dão algum suporte aos preços do cereal na CBOT. O governo elevou sua projeção para a demanda pelo combustível e a produção no país, na última semana, subiu. Os números, porém, foram ofuscados pelo boletim mensal de oferta e demanda trazido ontem pelo USDA. 

Ainda influenciando os negócios no mercado internacional estão as notícias vindas do cenário macroeconômico, principalmente as que se referem à economia da China. Hoje, a nação asiática anunciou, pelo terceiro dia consecutivo, uma nova desvalorização do yuan. Porém, ao mesmo tempo, o Banco Central do país afirmou também que já não vê mais motivos para continuar com essa depreciação da divisa. Refletindo essas declarações, os indíces acionários asiáticos fecharam o dia em alta. 

Como noticiou a agência Reuters, "o banco central da China disse que não há base para mais depreciação do iuan à luz dos fundamentos econômicos fortes do país. A moeda recuava pelo terceiro dia consecutivo após a decisão de Pequim de desvalorizar a moeda na terça-feira" Assim, ainda de acordo com informações reportadas pela Reuters, "o anco do Povo da China disse que o ambiente econômico, superávit comercial sustentado, posição fiscal sólida e grandes reservas internacionais dão fornecem "forte suporte" à taxa de câmbio".

De olho no desenvolvimento dessas medidas e, internamente, no quadro político e econômico do Brasil, o dólar registra um dia de altas frente ao real nesta quinta-feira. A divisa, por volta das 13h, subia 1,29% e era cotada a R$ 3,52. E acompanhando essa elevação da moeda norte-americana, os preços do milho voltavam a subir na BM&F hoje. Assim, o contrato setembro/15 e o novembro/15 tinham valorização de 0,43% e eram negociados, respectivamente, a R$ 28,17 e R$ 30,50 por saca. Já o janeiro/16 valia R$ 30,65, subindo 1,47%. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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