Milho: Em Chicago, mercado mantém estabilidade; na BM&F, preços operam em campo misto

Publicado em 07/08/2015 14:01

Na sessão desta sexta-feira (7), o mercado internacional do milho voltou a subir e, por volta das 13h30 (horário de Brasília), as cotações dos principais vencimentos registravam ganhos de pouco mais de 3 pontos. Assim, o vencimento dezembro/15 valia US$ 3,83 por bushel. 

Entre os fatores para o ligeiro avanço dos preços, segundo explicam analistas, está o recuo do dólar após consecutivas sessões de alta, não só frente ao real, mas também diante de outras moedas importantes. Além disso, segue o posicionamento dos traders antes do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima quarta-feira, 12 de agosto. 

Informações sobre o clima nos EUA, o mercado financeiro e a demanda pelo milho brasileiro também permeiam os negócios, segundo relatam analistas internacionais. E as últimas previsões climáticas indicam condições, até o momento, favoráveis para a conclusão da safra 2015/16 norte-americana. Algumas tempestades se movimentam para o alto do Vale do Rio Mississipi, com uma nova frente podendo trazer algumas chuvas modestas à região central do Corn Belt, como mostra o mapa abaixo com a previsão para os próximos sete dias.

Previsão de chuvas para os EUA nos próximos 7 dias - Fonte: NOAA

Mercado Interno

Na BM&F, nesta sexta-feira, as cotações do milho operam em campo misto após acompanharem o avanço das cotações em seis sessões consecutivas de altas. Por volta das 13h50 (horário de Brasília), os vencimentos setembro/15 e janeiro/16 subiam, respectivamente, 0,24% e 0,25%, valendo R$ 29,40 e R$ 31,95 por saca. No mesmo momento, o novembro/15 perdia 0,295 a R$ 31,05. 

Dólar - Nesta sexta, o dólar opera em campo negativo, porém, ainda tenta se manter acima dos R$ 3,50. Por volta de 12h50 (Brasília), a moeda americana era cotada a R$ 3,5343, após mais de 6% de alta acumulada nos últimos seis pregões. 

Frente ao real, o dólar encontra uma forte sustentação no cenário político e financeiro ainda muito turbulento. Já no quadro externo, as perspectivas de uma alta dos juros nos Estados Unidos são o principal fator de sustentação e se intensificaram hoje com bons dados sobre o mercado de trabalho do país. Entretanto, o Banco Central parece ter aumentado sua intervenção no câmbio, como informou o portal G1, e isso teria pesado sobre a cotação. 

"O mercado está sem referência. Operar com economia é fácil, é fazer conta. Não tem fórmula para operar com política", disse o operador de uma gestora de recursos internacional ao G1. "Como o mercado está em pânico, qualquer faísca é fogo", afirmou.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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