Preço alto do milho reduz busca pelo grão em armazéns da CONAB no CE
Há nove dias, o governo federal anunciou redução no preço do milho vendido para os criadores atingidos pela seca no Nordeste. Mas até a sexta-feira (24), ninguém conseguiu comprar o produto com o subsídio. Sem a alteração no valor, praticamente não houve procura do produto nos armazéns da CONAB no Ceará.
A primeira refeição do dia acontece às 7hs. O criador Antonio Fernandes da Silva precisa de 60 quilos de milho para alimentar os 150 porcos do sítio em Pacatuba, no Ceará. Como reforço, a ração também leva soja. A mistura tem saído muito cara.
“No ano passado, com os animais que eu tenho, eu gastava R$ 1,2 mil com ração. Hoje, eu estou gastando o dobro com os mesmos animais que eu tinha”, compara Silva.
Com o gasto que não estava previsto pelo produtor, ficou difícil cumprir a meta inicial. Há dez anos, no início da produção, o plano era manter uma média de 50 animais prontos para a venda todos os meses. Hoje, esse número não chega a dez.
A crise atinge também os produtores no sertão cearense. A esperança era de que o milho voltasse a ser subsidiado pelo governo federal nos armazéns da CONAB. A presidente Dilma Rousseff autorizou um deságio de 13% no valor do preço no Programa de Venda de Milho em Balcão. Nesta semana, o estoque no galpão em Maracanaú recebeu mais de 95 toneladas do produto.
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