Milho: Focado nas previsões climáticas nos EUA, mercado estende perdas ao longo da sessão desta 6ª feira
Durante as negociações desta sexta-feira (17), os futuros do milho ampliaram as perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity registravam quedas entre 8,00 e 8,75 pontos, por volta das 12h11 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,21 por bushel, depois de iniciar o pregão a US$ 4,28 por bushel.
Ao longo da semana, o mercado tem operado com volatilidade, conforme o reporte das novas informações sobre o clima no Meio-Oeste dos EUA. De acordo com informações reportadas pelo site Farm Futures, os futuros dos grãos testam patamares mais baixos, em uma sessão mais tranquila após as oscilações observadas nos últimos dias.
"Com as adversidades climáticas ainda temos a incerteza sobre os rendimentos da safra norte-americana. E, além disso, em outras regiões do mundo também temos a incerteza sobre a produção, principalmente em decorrência no início do verão", afirma Bryce Knorr, editor da Farm Futures.
O mercado já começa a focar o clima mais seco nos EUA, segundo destacam as agências internacionais. Principalmente porque o mês de julho é decisivo para a definição da cultura norte-americana. "Contudo, ainda temos nos próximos sete dias a manutenção da umidade na maior parte do Cinturão de Milho, com a chegada de novas frentes frias", completa Knorr.
A projeção mais alongada indica tempo mais seco no país, especialmente no período 20 a 24 de julho e 22 a 28 de julho. "O clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA deverá ajudar a cultura, embora o tempo mais quente gera preocupações, pois pode afetar a polinização das lavouras. No início da semana, o USDA apontou que 27% das plantações estavam em fase de espigamento, ou polinização. A média dos últimos cinco anos é de 34%", diz o editor do site Farm Futures, Bob Burgdorfer.
"Na porção mais ao leste do cinturão, o milho apresenta uma condição pior, o que tem dado mais sustentação aos preços. Porém, temos informações desconexas nesse momento, alguns institutos mostram a continuidade das chuvas e outros entendem que deveremos ter uma trégua nas precipitações", explica o consultor de mercado da Agrosecurity Consultoria, Fernando Pimentel.