Milho: Após atingir as máximas dos últimos 12 meses, mercado realiza lucros e exibe queda de 8 pts

Publicado em 14/07/2015 13:49

Durante as negociações desta terça-feira (14), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 8,25 e 9,50 pontos, por volta das 12h53 (horário de Brasília). O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,32 por bushel.

Segundo informações reportadas por agências internacionais, o mercado passa por um movimento de realização de lucros, após atingir as máximas dos últimos 12 meses no pregão desta segunda-feira. No dia anterior, os fundos de investimentos voltaram à ponta compradora do mercado em meio às especulações sobre a safra de milho norte-americana.

"As altas verificadas nas últimas semanas já permitem aos players uma realização de lucros. Podemos observar que no período de 30 dias, os ganhos acumulados estão na faixa de 20% a 22%. Ou seja, um ótimo momento para realizar lucros", explica o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro.

Conforme os últimos dados do boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo, cerca de 69% das lavouras do cereal estão em condições boas ou excelentes. O percentual é o mesmo divulgado na semana anterior pelo órgão. Contudo, o número ainda está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 76%.

Paralelamente, em torno de 22% das plantações estão em situação regular e 9% em condições ruins ou muito ruins. Na semana anterior, os números estavam em 23% e 8%, respectivamente.

Por enquanto, as previsões ainda indicam chuvas para o Meio-Oeste dos EUA. Conforme o último mapa divulgado pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, as precipitações nos próximos sete dias no Corn Belt devem ser intensas. Em estados como Indiana, Iowa, Illinois e Missouri, os acumulados podem ficar entre 50,8 e 101,6 mm.

Chuvas nos EUA entre os dias 14 a 21 - Fonte: NOAA

"Estamos em um momento que o clima tem um peso muito grande nas tendências de curto prazo. Mas em linhas gerais, no médio e longo prazo a tendência é mesmo de um recuo nas cotações, principalmente devido aos estoques finais mundiais e a segunda safra de milho no Brasil", acredita o analista de mercado.

Por outro lado, outro fator que deve ser observado pelos produtores é o mercado financeiro. "Os acordos fechados com relação ao refinanciamento da dívida da Grécia pode provocar um movimento de capitais saindo de commodities e retornando ao mercado financeiro", explica Ribeiro.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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