Milho: Em Chicago, mercado inicia o pregão desta 3ª feira em campo negativo
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta terça-feira (7) do lado negativo da tabela. Por volta das 6h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos exibiam perdas entre 5,00 e 5,50 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 4,13 por bushel.
No dia anterior, os preços também recuaram em meio às informações desfavoráveis vindas do mercado financeiros, especialmente em relação à Grécia. Paralelamente, no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras.
Apesar das recentes chuvas no Meio-Oeste, o órgão revisou para cima o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 68% para 69% até o último domingo. No mesmo período do ano passado, o número era de 75%. As lavouras em condição regular caíram de 24% para 23%, já as plantações em condições ruins ou muito ruins foram mantidas em 8%.
O departamento também informou que 12% das plantações do cereal estão na fase de espigamento, frente aos 14% registrados no mesmo período de 2014. A média dos últimos cinco anos é de 18%.
O comportamento do clima no país permanece sendo observado pelos investidores. Para essa semana, as previsões climáticas indicam chuvas de menor intensidade, conforme dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia dos EUA. Paralelamente, as previsões alongadas também são acompanhadas, uma vez que a projeção é de temperaturas acima da média em algumas localidades do Meio-Oeste.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Com influência do mercado financeiro, mercado fecha sessão desta 2ª feira em baixa na CBOT
Na sessão desta segunda-feira (6), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em campo negativo. Durante as negociações, as cotações do cereal, que chegaram a exibir perdas expressivas, reduziram as quedas e terminaram o dia com desvalorizações entre 1,25 e 2,25 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 4,18 por bushel.
Ao longo de boa parte do pregão, os preços da commodity foram influenciados negativamente pelas informações do mercado financeiro. A não aceitação da população grega sobre as condições dos credores para o pagamento das dívidas deu o tom negativo e as commodities agrícolas acabaram sentindo o impacto imediato da decisão, conforme destacam os analistas.
Porém, a perspectiva é que a informação acabe perdendo força nos próximos dias. ""A partir de quarta-feira talvez não tenhamos mais essa situação, uma vez que os mercados devem voltar aos fundamentos. E, apesar da queda de hoje, os preços ainda se mantêm em patamares importantes, no caso do milho bem acima dos US$ 4,00 por bushel", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Paralelamente, os investidores também estão atentos aos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) irá reportar ao longo dessa semana. Nesta segunda-feira, o órgão traz os novos números do acompanhamento de safras e, principalmente as condições das lavouras da safra 2015/16. Nas últimas três semanas, o departamento revisou para baixo o índice de lavouras de milho em boas ou excelentes condições devido às chuvas observadas no Meio-Oeste dos EUA.
Na semana passada, o percentual de plantações em boas ou excelentes condições caiu de 71% para 68%. Na contramão desse cenário, as lavouras em condições ruins ou muito ruins subiram de 6% para 8%.
De acordo com informações do NOAA -Serviço Oficial de Meteorologia do país - as precipitações deverão ocorrer com menor intensidade nos próximos dias. "O tempo mais seco é necessário para ajudar as culturas que sofrem com campos encharcados a recuperar e para permitir o tratamento de ervas daninhas e a aplicações de nutrientes", diz o analista de mercado da Farm Futures, Bob Burgdorfer.
Contudo, os participantes do mercado já começam a observar a previsão climática mais alongada, com previsão de temperaturas acima da média em algumas localidades do Meio-Oeste norte-americano. Com isso, a especulação e a atenção no mercado são maiores, uma vez que as lavouras do cereal estão entrando em estágio de polinização.
Ainda hoje, o USDA reportou o boletim de embarques semanais. No caso do milho, os números ficaram em 839,32 mil toneladas até a semana encerrada no dia 2 de julho. As estimativas do mercado estavam entre 840 mil a 990 mil toneladas. Na semana anterior, os embarques totalizaram 1.040,51 milhão de toneladas de milho.
Além disso, os investidores já começam a se preparar para o relatório de oferta e demanda do órgão que será divulgado na próxima sexta-feira.
Mercado interno
No mercado interno a segunda-feira foi de pouca movimentação aos preços do milho. Em Ubiratã e Londrina, ambas cidades do Paraná, a cotação da saca do cereal subiu 0,99%, com o valor de R$ 20,40. Em Jataí (GO), o ganho foi de 2,70%, com a saca do cereal a R$ 19,00.
Nos Portos, tanto em Paranaguá, como em Santos, os preços permaneceram estáveis em R$ 30,00 (para entrega em outubro/15) e R$ 31,50, respectivamente. Nas demais praças pesquisadas, o dia também foi de estabilidade.
Conforme dados do Cepea, os preços do milho voltaram a reagir no mercado interno influenciados pelos ganhos registrados no mercado internacional. Entretanto, a reação ainda tem acontecido de maneira mais lenta devido ao avanço da segunda safra de milho no Brasil.
Para a INTL FCStone, os produtores brasileiros deverão colher uma safra recorde de 52,4 milhões de toneladas na segunda safra. “A colheita do cereal de inverno continua avançando e as perspectivas se mantêm as melhores possíveis. O clima, com chuvas acima da média em abril e maio, contribuiu para o bom desenvolvimento das lavouras, a despeito dos atrasos ocorridos no plantio”, afirma Ana Luiza Lodi, analista de mercado da consultoria.
Câmbio
O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira praticamente estável, cotado a R$ 3,14, com ganho de 0,09%. Segundo dados da Reuters, os investidores avaliaram o impacto para o Brasil frente a uma possível saída da Grécia da zona do euro.