Milho: Após ganhos recentes, mercado opera com leves quedas na manhã desta 4ª feira em Chicago

Publicado em 24/06/2015 07:39

No início do pregão desta quarta-feira (24), os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves perdas. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 3,00 e 4,00 pontos, por volta das 7h26 (horário de Brasília). O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,63 por bushel, depois de fechar o dia anterior a US$ 3,67 por bushel.

Assim como no caso da soja, o clima no Meio-Oeste dos EUA tem sido a principal variável para os preços. Nesta terça-feira, o mercado acumulou alta de mais de 2% e ganhos entre 7,50 e 7,75 pontos, nos principais vencimentos. Cenário decorrente da indicação de que as chuvas observadas na semana anterior prejudicaram a situação das lavouras de milho.

Com isso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu, em seu boletim de acompanhamento de safras), o índice de lavouras em boas e excelentes condições. Ainda hoje, as previsões indicam mais precipitações, especialmente para a faixa leste do cinturão produtor, o que poderia ocasionar stress e risco de danos por alagamentos, conforme informações do noticiário internacional.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Com suporte do trigo, mercado fecha sessão com altas expressivas em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta terça-feira (23) com ganhos expressivos. As principais posições do cereal subiram pelo 2º dia consecutivo e fecharam o pregão com altas entre 7,50 e 7,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,67 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,62 por bushel. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, o mercado acumulou valorização de mais de 2% na sessão de hoje. Os futuros da commodity encontram suporte nos ganhos do trigo, que encerraram o dia com altas de mais de dois dígitos. Além disso, o reporte do USDA (Departamento deAgricultura dos Estados Unidos) reduzindo o percentual de lavouras em boas e excelentes condições no país também serviu de suporte às cotações.

Nesta segunda-feira, o departamento informou que cerca de 71% das lavouras do cereal estavam em boas ou excelentes condições, até o último domingo (21), contra os 71% indicados na semana anterior. "O USDA confirmou que a safra de milho foi prejudicada pelas condições climáticas adversas no Meio-Oeste, principalmente nos estados de Indiana e Ohio", disse Bob Burgdorfer.

E, pelo menos até o final da semana, as chuvas não deverão dar trégua no cinturão produtor de grãos no país. De acordo com dados do site internacional de meteorologia AccuWeather, novas tempestades são previstas para essa quarta-feira. As chuvas deverão ser acompanhadas de ventos fortes, granizo e até mesmo inundações. 

As tempestades deverão atingir áreas do norte e leste de Missouri, leste de Nebraska e parte da Dakota do Sul logo pela manhã. A partir do período da noite, as chuvas deverão atingir a área central de Illinois. Ainda conforme informações do site, o padrão climático deverá ser mantido até o final dessa semana. 

Paralelamente, as previsões climáticas mais alongadas já começam a ser observadas pelos participantes do mercado, pois há indicativos de temperaturas mais elevadas, entre os meses de junho e agosto. Na visão dos analistas, a previsão, se confirmada, poderia ocasionar mais stress às plantas e, até mesmo, o abortamento das flores. 

Mercado interno

Com suporte dos ganhos em Chicago, associada à valorização do câmbio, que encerrou o dia a R$ 3,08, com 0,10% de ganho, os preços no Porto de Paranaguá subiram nesta terça-feira. A saca, para entrega em outubro/15, aumentou 1,85% e terminou o dia a R$ 27,50.

Em São Gabriel do Oeste (MS), os preços caíram em torno de 5,71%, e fecharam o dia R$ 16,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a terça-feira foi de estabilidade aos preços no cereal. Ainda conforme reportam os analistas, os preços permanecem mais pressionados nesse momento frente ao avanço da colheita da segunda safra de milho no Brasil.

Por outro lado, a oferta da safra de verão ainda tem sido suficiente para abastecer as empresas do Sul e Sudeste. Entretanto, a perspectiva é que o cenário melhore a partir do segundo semestre com o aquecimento das exportações brasileiras do grão. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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