Milho: Focado no clima no Meio-Oeste, mercado opera em campo positivo na manhã desta 3ª feira em Chicago

Publicado em 23/06/2015 08:27

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiros ganhos na manhã desta terça-feira (23). Por volta das 8h18 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal registravam altas entre 1,75 e 2,50 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,62 por bushel.

Os futuros da commodity tentam manter o tom positivo para os negócios no mercado internacional. O mercado subiu mais de 2% no dia anterior sustentado pelos fortes ganhos observados nos contratos vizinhos, da soja e do trigo. Nesse momento, os investidores ainda permanecem focados no clima no Meio-Oeste dos EUA e o impacto das chuvas para as lavouras.

Por enquanto, as previsões ainda indicam precipitações para os próximos dias, conforme projeção da empresa de meteorologia DTN. Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu o percentual de lavouras em boas e excelentes condições, de 73% para 71%, confirmando as especulações dos participantes do mercado.

Na contramão desse cenário, o número de lavouras em condições ruins ou muito ruins subiu de 5% para 6%.

Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Mercado acompanha ganhos dos contratos vizinhos e exibe valorização de mais de 2% na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira (22) em campo positivo. Durante as negociações, as cotações reverteram as perdas e fecharam o dia com altas entre 4,75 e 6,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,60 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,51 por bushel.

Segundo dados da Farm Futures, o mercado subiu 2% ajudado pelos fortes ganhos observados nos contratos vizinhos, da soja e do trigo. Além disso, as especulações sobre uma possível redução nas condições das lavouras de milho nos EUA também deram suporte aos futuros do cereal.

Com as recentes chuvas no Meio-Oeste norte-americano, a perspectiva é que o departamento revise para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o órgão informou que cerca de 73% das plantações do cereal estavam em boas ou excelentes condições, percentual abaixo do divulgado anteriormente, de 74%.

"O milho, assim como a soja, precisa de tempo mais seco, mas parece aguentar melhor a situação dos campos encharcados. As lavouras semeadas primeiramente no Meio-Oeste estão indo bem, enquanto que, as cultivadas mais tarde mostram stress com a umidade", destaca o editor da Farm Futures, Bob Burgdorfer.

Por outro lado, as previsões climáticas oficiais indicam condições mais secas para o Corn Belt nos próximos 8 a 14 dias. Já as tempestades da semana anterior trouxeram precipitações cerca de 200% acima da média para quase três quartos da safra de milho, com mais chuvas para o noroeste do Cinturão produtor do grão, conforme destaca o site Farm Futures.

"Em contrapartida, as previsões alongadas não mostram uma ameaça de calor para julho, o que poderia afetar a polinização das plantas. Embora as fortes chuvas poderiam cortar  a área cultivada, as perdas não seriam suficientes para reverter os grandes estoques da safra passada", disse Bryce Knorr.

Além disso, outra variável que também deu suporte aos preços do cereal foi o boletim de embarques semanais do USDA. Até a semana encerrada no dia 18 de junho, as vendas de milho ficaram em 1.105,25 milhão de toneladas, frente as 1.100,45 milhão de toneladas indicadas na semana anterior. No acumulado total da temporada, o volume embarcado soma 34.876,07 milhões de toneladas, contra as 46.360,00 milhões de toneladas estimadas pelo USDA para o período.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, o preço da saca do milho para entrega em outubro/15 caiu 1,82% nesta segunda-feira (22), e fechou a R$ 27,00. Mesmo com os ganhos no mercado internacional, a queda do dólar, que terminou o dia a R$ 3,08, com queda de 0,64%, acabou pesando sobre as cotações, conforme destacam os analistas.

Em Ubiratã (PR), o preço subiu 1,05%, para R$ 19,20 a saca do milho. Na contramão desse cenário, em São Gabriel do Oeste (MS), os valores recuaram 0,57%, com a saca a R$ 17,50. As informações fazem parte do levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.

Em meio ao avanço da colheita da segunda safra no Brasil, as cotações do cereal permanecem pressionadas no mercado interno. Contudo, a perspectiva é que com o aquecimento das exportações do grão a pressão nos preços recue, de acordo com boletim do Cepea divulgado nesta segunda-feira.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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