Milho: Mercado mantém tom negativo e amplia perdas na sessão desta 6ª feira na CBOT
Ao longo da sessão, as cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) mantém o tom negativo nesta sexta-feira (19). Por volta das 13h18 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 4,50 e 4,75 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,53 por bushel.
O mercado recuou após ganhos acentuados ao longo da semana, porém, a atenção dos investidores ainda está voltada para o comportamento do clima no Meio-Oeste norte-americano. De acordo com o site internacional Farm Futures, o tempo chuvoso tem levantado algumas preocupações e especulações a respeito das condições das lavouras do cereal no país. E, por enquanto, as previsões climáticas ainda indicam chuvas para os próximos dias no cinturão produtor de milho.
Segundo dados reportados pelo NOAA, Serviço Oficial de Clima no país, o mês de maio foi o mais chuvoso em 121 anos. "No caso das chuvas, a preocupação é maior no milho, pelo fato de ser uma cultura mais difícil de plantar. A definição da produção ocorre no mês de julho, quando as lavouras estarão na fase de enchimento de grãos no país", explica Dirceu Gassen, engenheiro agrônomo brasileiro.
Paralelamente, a previsão climática mais alongada já começa a ser observada pelos participantes do mercado. Isso porque, há indicativos de que o clima deverá mais quente entre os meses de julho e agosto, o que poderia resultar em mais stress para as plantas do cereal.
No início dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), indicou que 73% das plantações de milho apresentavam boas ou excelentes condições até o último domingo. O número ficou ligeiramente abaixo do reportado na semana anterior, de 74%, o que serviu de suporte aos preços. O órgão atualiza os números na próxima segunda-feira (22).
Mercado interno
Nesta sexta-feira, a saca do milho para entrega em outubro/15 é cotada a R$ 27,50 no Porto de Paranaguá. No dia anterior, o preço de fechamento ficou em R$ 28,00 a saca. Mesmo com a alta do dólar, a queda observada nos preços do cereal no mercado internacional pesa sobre as cotações.