Milho: Focado nas chuvas no Meio-Oeste, preços ampliam ganhos na sessão desta 4ª feira na CBOT
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo na sessão desta quarta-feira (17). Por volta das 13h09 (horário de Brasília), as principais posições do cereal subiam entre 5,25 e 5,50 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,59 por bushel.
Segundo dados das agências internacionais, os investidores seguem atentos às previsões climáticas indicando mais chuvas para o Meio-Oeste dos EUA. E a chegada da tempestade tropical Bill que se estende do Texas para outros países do cinturão produtor norte-americano poderia agravar o cenário.
Para os próximos 8 a 14 dias, o indicativo ainda é de chuvas acima da média, conforme dados do Serviço Nacional de Meteorologia do país. "Temos as tempestades que vão do estado do Texas para o Meio-Oeste dos EUA e deverão despejar mais chuvas ao longo dessa semana em campos já encharcados", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Ainda nesta quarta-feira, a Farm Futures reportou que as fortes precipitações já começam a atrapalhar os embarques no sistema de rios, com vários bloqueios ao longo do rio Illinois. Impactando também os custos com o frete.
Em meio a essas previsões, os participantes do mercado permanecem atentos quanto aos impactos das precipitações para as lavouras do cereal. No início da semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já indicou uma redução no índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 74% para 73%.
Já a produção de etanol foi projetada em 980 mil barris diários até a semana encerrada no dia 12 de junho. O número ficou abaixo do observado na semana anterior, de 992 mil barris diários. Na contramão desse cenário, os estoques subiram de 20,2 para 20,7 mil barris no mesmo período. Os dados foram divulgados pela AIE (Agência de Informação de Energia).
Mercado interno
Apesar da alta acentuada observada nos preços do milho no mercado internacional, a saca do cereal para entrega em outubro/15 no Porto de Paranaguá recuou R$ 1,00. Nesta quarta-feira, a saca do grão era cotada a R$ 27,50. O cenário é decorrente da instabilidade do dólar, que hoje, já trabalhou dos dois lados da tabela.
No mercado interno, os preços permanecem mais baixos, frente à perspectiva de uma grande colheita na segunda safra, e o momento é de calmaria. A perspectiva é que o cenário apresente uma modificação a partir do segundo semestre com o aquecimento das exportações do cereal.