Milho: Com foco na safra dos EUA, preços revertem ganhos e voltam a operar em campo negativo na CBOT
Ao longo das negociações desta sexta-feira (29), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a operar em queda. Por volta das 12h18 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam perdas entre 2,25 e 2,50 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,51 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,55 por bushel.
De acordo com informações de agências internacionais, o mercado recua influenciado pela queda nas exportações semanais. Até a semana encerrada no dia 21 de maio, as exportações de milho da safra 2014/15 totalizaram 654,600 mil toneladas, conforme boletim reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
O volume representa uma redução de 19% em relação à semana anterior, na qual, foram exportadas 812,600 mil toneladas do cereal e uma diminuição de 8% em comparação com a média das últimas quatro semanas. No período, o principal comprador do milho norte-americano foi o Japão, que adquiriu 211,100 mil toneladas do grão.
Da safra nova, as exportações ficaram negativas em 6,700 mil toneladas. Na semana anterior, o número ficou em 62,5 mil toneladas do grão. Além disso, o clima permanece favorável ao desenvolvimento da cultura no país. Nos próximos dias, o cinturão produtor de milho deverá receber precipitações normais, conforme destaca o site internacional Farm Futures.
Ainda nessa semana, o USDA indicou que, cerca de 74% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. Fator que pesou sobre os preços nas sessões de terça e quarta-feira. "A previsão do tempo ainda permanece favorável e não representa nenhum risco para as plantações até o momento", disse Bryce Knorr, da Farm Futures.
Contudo, nesta quinta-feira, os futuros do cereal encontram suporte nos números da produção de etanol nos EUA. A produção de etanol norte-americana alcançou 969 mil barris por dia até a semana encerrada no dia 22 de maio. O número representa uma elevação de 11 mil barris por dia, em comparação com a semana anterior, na qual, a produção atingiu 958 mil barris. Na contramão desse cenário, os estoques do produto recuaram de 20,4 mil para 20,1 mil barris.