Milho: Focado na safra dos EUA, mercado fecha sessão com leves altas, próximos da estabilidade na CBOT
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta quarta-feira (13) com ligeiros ganhos, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram altas entre 1,25 e 2,50 pontos. Apenas o vencimento maio/15 fechou o dia do lado negativo da tabela, com queda de 1,00 ponto e cotado a US$ 3,56 por bushel, mesmo observado no início do pregão.
Ao longo das negociações, as cotações da commodity até trabalharam com perdas, porém, o movimento não foi sustentado. De acordo com informações do site internacional Farm Futures, durante a sessão, a pressão nos preços devido ao avanço no plantio da safra 2015/16 nos EUA, foi compensada pela previsão de chuvas nos próximos dias no Meio-Oeste do país e o dólar um pouco mais baixo.
Nas últimas semanas, o andamento dos negócios no mercado internacional tem sido influenciados, principalmente pelo clima e a evolução no cultivo da safra norte-americana. Até o último domingo (10), a área semeada com o milho chegou a 75% nos Estados Unidos, conforme últimas projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Inclusive, esse deverá ser o foco dos investidores, segundo reporta o analista de mercado da FCStone, Étore Baroni. "Os participantes do mercado irão continuar observando o andamento do plantio e da safra norte-americana. E para que os preços praticados em Chicago voltem a subir teremos que ter um problema na produtividade das lavouras, porém, ainda é muito cedo para falar sobre isso", destaca o analista.
Com isso, a perspectiva, na visão do analista, é que os preços permaneçam trabalhando ao redor dos US$ 3,60 por bushel em Chicago. Ainda nesta safra, a perspectiva é que sejam colhidas, em torno de 346,22 milhões de toneladas de milho, frente as 361,11 milhões de toneladas registradas na temporada anterior, de acordo com o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado nesta terça-feira (12).
"A área plantada é menor nesta safra em detrimento de que os preços da soja, mais competitivos, fez com que os produtores adicionassem área à cultura e reduzissem a área com o milho. Mas temos números dos estoques finais americanos muito próximos com o observado no ciclo anterior. E no mundo, os estoques também são elevados", diz o analista.
Mercado interno
A quarta-feira foi de estabilidade aos preços do milho no mercado interno brasileiro, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. No Porto de Paranaguá, a saca do cereal, para entrega em outubro, manteve o nível dos R$ 27,50 a saca.
As cotações ainda permanecem pressionadas devido à perspectiva de uma boa safrinha de milho. Por enquanto, o clima tem favorecido o andamento da safra brasileira e a perspectiva é que os produtores colham uma segunda safra acima de 50 milhões de toneladas. “Ainda temos espaço para ver as cotações em níveis mais baixos à medida que iniciarmos a colheita da segunda safra", explica Baroni.
Somente na região de Laguna Carapã (MS), as cotações do cereal caíram de R$ 22,00 para R$ 15,00, desde o início da semeadura do grão. Consequentemente, as negociações caminham de forma mais lenta, uma vez que, os produtores ainda esperam melhores oportunidades para comercializar o produto.
Veja como fecharam as cotações nesta quarta-feira: