Milho: Na CBOT, mercado espera boletim do USDA e exibe ligeiras quedas na manhã desta 3ª feira

Publicado em 12/05/2015 08:10

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeira queda na manhã desta terça-feira (12). As principais posições do cereal registravam perdas entre 0,50 e 1,00 pontos, por volta das 7h49 (horário de Brasília). O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,57 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 3,58 por bushel.

Nesta segunda-feira, após o encerramento do pregão, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de acompanhamento de safras e condições das lavouras. Até o dia 10 de maio, o plantio do cereal chegou a 75% da área, número em linha com as expectativas dos participantes do mercado.

No mesmo período do ano anterior, a semeadura estava completa em 55% da área e a média dos últimos cinco anos é de 57%. O índice de plantas que já emergiram subiu de 9%, na semana anterior, para 29%. A média dos últimos anos é de 24% e o percentual registrado em igual período de 2014 é de 16%.

Os participantes do mercado ainda aguardam o novo relatório de oferta e demanda dos EUA e mundial, com números da safra 2015/16, que será divulgado nesta terça-feira pelo USDA. A perspectiva é que órgão revise para baixo a projeção para a safra norte-americana, que deverá totalizar 344,19 milhões de toneladas, contra 361,11 milhões de toneladas de milho colhidas na temporada anterior.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Em meio à perspectiva de avanço no plantio nos EUA, mercado fecha sessão em queda na CBOT

Nesta segunda-feira (11), os futuros do milho encerraram o pregão do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal ampliaram as perdas ao longo dos negócios e terminaram o pregão com perdas entre 0,25 e 3,00 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,58 por bushel.

Segundo informações reportadas pelo site internacional Farm Futures, os preços recuaram em meio às perspectivas de avanço nos trabalhos de plantio da safra 2015/16 nos campos norte-americanos. Com isso, os investidores trabalharam de maneira mais cautelosa, à espera dos números do boletim de acompanhamento de safras e condições das lavouras, que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), nesta segunda-feira após o fechamento da sessão na CBOT.

A perspectiva é que o órgão reporte a semeadura do grão completa em 75% da área prevista para essa temporada. Na semana anterior, o departamento surpreendeu os investidores ao indicar uma evolução semanal de 36% na área semeada que passou de 19% para 55%. E, até o momento, as condições climáticas indicam chuvas para o Meio-Oeste do país, o que deve favorecer o desenvolvimento da cultura.

"Além disso, temos amanhã (12) a divulgação do relatório do USDA de oferta e demanda dos EUA e mundial. E as perspectivas para a safra norte-americana são favoráveis, apesar do atraso no início do plantio do milho devido às chuvas excessivas, tivemos uma condição de clima mais seco, cenário que contribuiu para o avanço nos trabalhos nos campos", destaca a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi.

Os participantes apostam em uma redução na safra norte-americana de milho na safra 2015/16. A perspectiva é que sejam colhidas na próxima safra em torno de 344,19 milhões de toneladas, contra 361,11 milhões de toneladas de milho. Em contrapartida, os investidores esperam uma revisão para cima nos números dos estoques finais da safra 2014/15, de 46,41 milhões para 46,94 milhões de toneladas.

Já os estoques de passagem mundiais da safra 2015/16 deverão ficar ao redor de 185,4 milhões de toneladas, número abaixo do previsto para esse ciclo, de 189,5 milhões de toneladas do grão. Do mesmo modo, a safra do Brasil deverá ser indicada em 75,3 milhões de toneladas, contra as 75 milhões de toneladas projetadas no mês de abril. A safra de milho da Argentina também deverá ficar acima do divulgado no mês anterior, e subir de 24 milhões para 24,5 milhões de toneladas.

"No mercado internacional, já tivemos o preço do milho a US$ 8,40 por bushel e hoje temos o valor de US$ 3,60 por bushel, patamar que reflete a abundância de oferta. Porém, não acredito que temos espaço para quedas maiores nas cotações. Claro que a sensibilidade do mercado para o clima é muito grande e as dúvidas sobre a produção irão pesar sobre os valores", afirma o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.

Outro fator que também influenciou o andamento dos negócios nesta segunda-feira foi o relatório dos embarques semanais, indicados pelo USDA. Até a semana encerrada no dia 7 de maio, os embarques foram reportados em 1.135,90 milhão de toneladas, contra 1.051,07 milhão de toneladas da semana anterior.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, as cotações do milho, para entrega em outubro/15, fecharam o dia com ligeira alta. Os valores subiram de R$ 27,00 para R$ 27,30. O movimento é decorrente da forte valorização observada no câmbio, que terminou a sessão de hoje a R$ 3,05, com alta de 2,41%. Porém, as queda registradas no mercado internacional acabaram limitando o potencial das cotações.

Segundo dados do Cepea, as perspectivas positivas em relação à segunda safra no Brasil acabam pesando sobre os preços nesse momento. Diante do clima favorável, algumas consultorias já estimam a produção da safrinha entre 48 milhões a 50 milhões de toneladas. Na região de Jataí (GO), as cotações recuaram 20% nos últimos 30 dias frente à perspectiva de produção maior na localidade. A saca do milho é cotada a R$ 19,00, no mercado disponível.

"Com isso, temos a comercialização travada nesse momento. De um lado, as indústrias estão esperando que as cotações do cereal caiam mais e do outro, os produtores tentando segurar a comercialização", afirma o produtor rural do município, Mozart Carvalho de Assis.

Com isso, a analista de mercado da FCStone pondera que, as cotações do milho tendem a ficar mais pressionadas. "Precisaremos acompanhar o comportamento da demanda, no caso das exportações, que são concentradas no segundo semestre e o contexto do dólar. O câmbio mais valorizado acaba favorecendo os embarques do produto brasileiro", finaliza Ana Luiza.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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