Milho: Na CBOT, mercado mantém tom negativo e amplia perdas nesta 4ª feira
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram as perdas ao longo dos negócios desta quarta-feira (22). Por volta das 12h20 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam quedas entre 2,50 e 2,75 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,70 por bushel, após ter iniciado o dia a US$ 3,72 por bushel.
Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting,m Vlamir Brandalizze, o mercado trabalha de maneira mais calma nesse momento. "Não temos nenhum fator novo que possa impulsionar as cotações do cereal no mercado internacional", destaca.
Os investidores permanecem acompanhando o comportamento do clima nos Estados Unidos. E a previsão da chegada de uma nova onda de frio no Meio-Oeste do país entre hoje e amanhã, e que poderia movimentar as cotações do milho, já está quase descartada, segundo afirma Brandalizze.
Enquanto isso, o plantio do milho da safra 2015/16 mostra ligeiro atraso e até o último domingo (19), chegou a 9%, de acordo com dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A média dos últimos cinco anos é de 13%.
"Contudo, o mercado não deu muita atenção aos números. Os produtores norte-americanos a capacidade de cultivar uma grande área em curto espaço de tempo. E as temperaturas já começam a subir em algumas regiões do país", ressalta o consultor de mercado.
"As condições estão melhorando com a chegada de um tempo mais seco nesta quarta. Ainda teremos algumas chuvas no final de semana, porém, na próxima semana, uma boa janela de plantio deverá se abrir para muitos produtores no Meio-Oeste. Esta safra (de grãos) estará 50% plantada até o dia 8 de maio sem maiores problemas. Essa é a maior marca que o mercado espera", explica o editor editor do site norte-americano Agriculture.com, Mike McGinnis.
Paralelamente, outro fator que já está no radar dos participantes do mercado é o agravamento da gripe aviária nos EUA. De acordo com informações de sites internacionais, a doença já se alastrou por 12 estados norte-americanos, com o pior cenário sendo registrado em Iowa.
Inclusive, nesta terça-feira (21), as notícias sobre a doença acabaram pressionando os futuros do cereal em Chicago. "O alastramento da gripe aviária nos EUA provocaram vendas no mercado da soja e do milho em Chicago nesta terça-feira. A doença está nas manchetes e mais focos podem vir a aparecer", disse Bob Burgdorfer, analista de mercado do site internacional Farm Futures.
China
Em março, a China importou cerca de 50,5 mil toneladas de milho, conforme dados reportados nesta quarta-feira (22) pela Administração Geral de Portos e Alfândegas do país. O número representa uma alta de 5,05% em comparação com o adquirido pela nação asiática no mesmo período do ano anterior.
No total, em torno de 36,1 mil toneladas do grão foram adquiridas da Ucrânia. As compras com origem dos Estados Unidos totalizaram 2,999 mil toneladas do cereal. Nos três primeiros meses de 2015, os chineses compraram 1,232 milhão de toneladas, um aumento de 4,59% em relação à igual período de 2014.