Milho: Após seis sessões consecutivas em queda, mercado esboça reação em Chicago
Durante o pregão desta terça-feira (14), os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram as perdas e voltaram a trabalhar em campo positivo. Por volta das 11h47 (horário de Brasília), os contratos mais negociados exibiam altas entre 3,50 e 3,75 pontos. A posição maio/15 era cotada a US$ 3,74 por bushel.
O mercado esboça uma recuperação após 6 sessões consecutivas em queda. Em comparação com os preços de fechamento da última terça-feira (7), com os praticados hoje, as cotações futuras da commodity acumulam perdas entre 1,97% e 2,35%. Somente, no pregão anterior, os vencimentos perderam entre 6,50 e 6,75 pontos no mercado internacional.
Nesse momento, os participantes do mercado têm observado o andamento do clima nos EUA, já que os produtores iniciaram o plantio do grão da safra 2015/16. Por enquanto, a ocorrência de chuvas em importantes áreas produtoras do Meio-Oeste do país acaba favorecendo o solo e melhora as condições para a semeadura do cereal, conforme reporte de agências internacionais.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou o primeiro boletim de acompanhamento de safras, referente ao ciclo 2015/16. No milho, o plantio está completo em 2% da área prevista nesta temporada, até o último domingo (12). O percentual está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, de 3% e da média dos últimos cinco anos, de 5%. Os investidores apostavam em um cultivo entre 5% a 6%.
De acordo com informações do site internacional Agrimoney, as precipitações dos últimos dias retardaram o inicio da semeadura do cereal no país. "Devido às chuvas, os trabalhos nos campos ficaram restringidos", relataram fontes ligadas ao USDA no Tennesse.
Na visão do analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt, o clima nos EUA deverá ser o foco dos participantes do mercado. "Ainda assim, temos o mercado internacional bastante pressionado devido aos preços do petróleo, que acabam reduzindo a competitividade do etanol de milho. Também temos que levar em consideração os altos estoques globais e, por enquanto, ainda não temos nenhum problema climático no país que possa influenciar os preços", destaca.