Milho: Com perspectiva de aumento nos estoques norte-americanos e globais, mercado amplia perdas na CBOT
Ao longo dos negócios desta quarta-feira (8), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Por volta das 12h59 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 4,00 e 5,00 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,78 por bushel, com desvalorização de 4,75 pontos.
De acordo com informações reportadas pelo noticiário internacional, os investidores trabalham de forma mais cautelosa diante do novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta quinta-feira (9). A perspectiva é que haja um aumento nos estoques finais de milho norte-americano, que poderão alcançar, em média, 47.094 milhões de toneladas.
A projeção está acima do indicado no último boletim, referência de março/15, quando os estoques foram estimados em 45.138 milhões de toneladas do grão. Além disso, a estimativa é que os estoques globais do grão também sejam revisados para cima, de 185,28 milhões de toneladas, para 186,91 milhões de toneladas.
Os números estão próximos das estimativas divulgadas pelo jornal The Wall Street Journal. Para os estoques de milho dos EUA, os analistas consultados pelo jornal apostam em um número ao redor de 47,01 milhões de toneladas. Já os estoques mundiais deverão totalizar 187,1 milhões de toneladas de milho.
Paralelamente, outro fator que também deverá influenciar o andamento dos negócios no mercado internacional é o clima, conforme destaca o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. Nos EUA, os produtores já deram início ao plantio da nova safra e, por enquanto, as condições climáticas ainda estão adversas.
"Quando temos condições climáticas adversas, esse fator acaba empurrando mais área para a cultura da soja. Ainda é cedo para falar em transferência de área, porém, essa é uma variável que irá contribuir para o direcionamento dos negócios", destaca o economista.