Milho: Mercado brasileiro tem semana positiva e preço fechando com R$ 30,50 em Paranaguá

Publicado em 27/03/2015 18:18

A semana foi positiva para os preços do milho no mercado brasileiro. Entre as principais praças de comercialização e também no porto de Paranaguá, as cotações avançaram e, parte desse movimento, foi atribuído ao balanço semanal também positivo para o dólar frente ao real. A moeda norte-americana fechou com alta acumulada 0,32% e 1,55% somente nesta sexta-feira (27), a R$ 3,2405, e favoreceu a formação dos preços. 

Em Não-Me-Toque, no interior do RS, o preço subiu 2,22% de R$ 22,50 para R$ 23,00 por saca e registrou o ganho mais expressivo entre as principais praças de comercialização. Em Ubiratã e Londrina, no Paraná, alta de 1,43% para R$ 21,30 e, em Cascavel, a cotação avançou 2,33% para R$ 20,00. Nas demais, estabilidade, com exceção de Jataí/GO, onde o preço cedeu 3,3% para fechar a semana em R$ 22,00. 

No porto de Paranaguá, a alta de segunda para sexta-feira foi bastante significativa e ficou em 3,39%, com o preço do cereal passando de R$ 29,50 para R$ 30,50 por saca com  entrega em outubro/15. 

Os negócios com o milho no Brasil vem apresentando um ritmo interessante nesta safra, principalmente com operações para o segundo semestre, que trazem boas oportunidade de comercialização para o produtor rural. No entanto, as vendas do  milho só não estão mais aceleradas uma vez que o produtor está se focando mais na comercialização da soja e na implantação da safrinha, segundo explica o pesquisador do Cepea, Lucilio Alves. 

Alves afirma ainda que as perspectivas de uma elevação nas exportações do cereal no segundo semestre são fator de estímulo para os negócios para o segundo semestre e diz ainda que, com isso, a comercialização antecipada do cereal da segunda safra atinge níveis recordes. 

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, a semana foi positiva para as cotações, apesar das pequenas baixas registradas no fechamento desta sexta-feira. Novamente, os investidores que seguem aguardando os novos números a serem divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 31 de março, terça-feira da próxima semana. 

"Os futuros da soja e do milho trabalharam em queda na tarde desta sexta-feira diante de um dólar mais alto e dos traders aguardando pelo novo relatório de plantio do USDA da semana que vem", afirma Bob Burgdorfer, analista de mercado e editor do site norte-americano Farm Futures. 

Além disso, para o analista de mercado Vinícius Ito, da Jefferies Corretora, de Nova York, outro fator de pressão sobre as cotações no mercado internacional foi ainda o clima favorável ao desenvolvimento da colheita na Argentina, ao lado de alguns atrasos sendo registrados em áreas onde o plantio do milho já começou nos Estados Unidos. 

"A preocupação é com o produtor americano não conseguindo plantar o milho a tempo, há a possibilidade dele migrar para outras culturas, como a soja, por exemplo". 

De acordo com informações da agência internacional da Reuters, durante o mês de março, campos muito úmidos nos estados sulistas de Mississippi, Louisiana, Texas e Arkansas reduziram o ritmo do plantio do milho e assim os trabalhos de campo ainda estão acontecendo em um ritmo abaixo do normal. 

Plantadeiras de alta tecnologia, semeando 30 linhas de uma só vez, permitem, no entanto, que os produtores norte-americanos recuperem o ritmo rapidamente. No entanto, caso o plantio do milho se atrase muito, mais acres podem vir a ser cultivados com soja, que é uma cultura que possui um ciclo ligeiramente mais curto do que o do cereal. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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