Milho: Mercado em Chicago tem dia de pouca movimentação e fecha 5ª feira com ligeira baixa
Nesta quinta-feira (26), o mercado internacional do milho fechou a sessão em campo negativo. As perdas entre as posições mais negociadas na Bolsa de Chicago foram de pouco mais de 3 pontos e os negócios, novamente, trabalharam em compasso de espera pelos relatórios que serão divulgados no dia 31 de março pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na próxima terça-feira, o departamento agrícola norte-americano traz seus novos números dos estoques trimestrais em 1º de março nos EUA e a instituição divulga ainda seu relatório com as primeiras projeções para a safra 2015/16. E a expectativa comum entre consultores e analistas, para o milho, é de uma redução da área no país que pode chegar a mais de 2% em realção à temporada anterior.
Dessa forma, com os investidores ainda buscando garantir um bom posicionamento antes da chegada desses números, as cotações ainda trabalham de lado e analistas afirmam que essa é a tendência para os próximos dias, já que os novos dados do USDA seriam importantes direcionadores para os negócios daqui em diante.
O analista de mercado Vinícius Ito, da Jefferies Corretora, de Nova York, afirma ainda que, depois da chegada dos dados que trazem a intenção de plantio da safra 2015/16 nos EUA, o mercado deverá se voltar para o desenvolvimento do cilma nos país e o impacto das condições sobre as lavouras da nova temporada.
Nesta quinta-feira, o mercado internacional do cereal contou ainda com os números das vendas semanais trazidos pelo USDA para a semana que terminou em 19 de março, os quais ficaram abaixo das expectativas.
As vendas semanais de milho recuaram em relação à ultima semana e somaram 463,9 mil toneladas. Do total, 434,9 mil foram da safra atual e 29 mil da nova temporada. As expectativas do mercado eram, no entanto, de 550 mil toneladas. Assim, o total acumulado no ano safra chega a 36.982,3 milhões de toneladas, ainda distante da projeção do USDA de 45,72 milhões de toneladas para toda a safra 2014/15.
Mercado Interno
No mercado brasileiro, onde os preços vêm mantendo certa estabilidade, as vendas do milho só não estão mais aceleradas uma vez que o produtor está se focando mais na comercialização da soja e na implantação da safrinha, segundo explica o pesquisador do Cepea, Lucilio Alves. Entretanto, Alves afirma ainda que as perspectivas de uma elevação nas exportações do cereal no segundo semestre são fator de estímulo para os negócios para o segundo semestre e diz ainda que, com isso, a comercialização antecipada do cereal da segunda safra atinge níveis recordes.
Nesta quinta, na maior parte das praças de comercialização do país, as cotações registraram altas bastante consideráveis que variaram de a 1,43% a 2,22%. No porto de Paranaguá, a cotação subiu 1,67% para R$ 30,50. O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, valendo R$ 3,19, com baixa de 0,34%.