Milho: Na CBOT, mercado dá continuidade ao movimento negativo e registra leves quedas nesta 2ª feira
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham em campo negativo na manhã desta segunda-feira (23). Por volta das 8h41 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam ligeiras perdas entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,84 por bushel.
O mercado do cereal dá continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado no pregão da última sexta-feira. Nem mesmo as projeções indicando uma redução nos estoques do grão norte-americano foram suficientes para sustentar as cotações do milho. Segundo dados do Annual Outlook Forum do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgados na última sexta-feira, os estoques deverão somar 42,85 milhões de toneladas, contra pouco mais de 46 milhões da temporada anterior.
Já a safra 2015/16 deverá totalizar 345,33 milhões de toneladas, frente as 361,11 milhões de toneladas do ciclo anterior. Além disso, o USDA reporta nesta segunda-feira, o novo boletim de embarques semanais, importante indicador da demanda. Na semana passada, o volume ficou em 724,9 mil toneladas do grão.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Milho: Mercado fecha semana em baixa na CBOT e com estabilidade no Brasil
Por Carla Mendes
O mercado internacional do milho fechou a última sessão da semana operando em campo negativo, com baixas de pouco mais de 4 pontos entre os principais vencimentos nesta sexta-feira (20). No balanço semanal, o resultado também é negativo e os contratos mais negociados perderam mais de 1% na Bolsa de Chicago. O março/15 ficou em US$ 3,82 por bushel, enquanto o julho terminou os negócios em US$ 4,00.
Os preços sentiram, segundo explicam os analistas e consultores, a pressão de um movimento de realização de lucros, o qual chegou ao mercado, apesar de novos números divulgados no Annual Outlook Forum do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que indicaram uma safra menor e estoques finais mais baixos na safra 2015/16 do que os registrados na atual temporada.
Os estoques de milho foram colocados em 42,85 milhões de toneladas, contra pouco mais de 46 milhões da temporada anterior e a produção foi projetada em 345,33 milhões de toneladas, contra 361,11 milhões da temporada 2014/15. Além disso, o USDA já havia indicado projeções de uma menor área de plantio com o cereal no próximo ciclo.
Além da pressão da realização de lucros, as perdas foram justificadas ainda pelos números das vendas semanais para exportação reportadas também pelo USDA. Apesar de ficarem acima das expectativas, o volume veio 7% menor do que o registrado na semana anterior e isso também pesou sobre as cotações.
Na semana que terminou em 12 de fevereiro, as vendas de milho somaram 932,2 mil toneladas do grão, contra 1,003 milhão de toneladas, e 25% na média das últimas quatro semanas.
Como os principais compradores do produto norte-americano estão os destinos asiáticos. Em primeiro lugar está Taiwan, com a compra de 257.100 mil toneladas, seguido da Coreia do Sul, com 186.300 mil toneladas e do Japão, com 164.100 mil toneladas do cereal.
No acumulado do ano safra, as vendas somam 34.083,2 milhões de toneladas de milho. Para essa temporada, a estimativa do USDA para as exportações é de 44.450,0 milhões de toneladas do grão.
BM&F
Na BM&F, os preços do milho fecharam a sessão desta sexta-feira em campo misto, com alta de 0,17 e 0,31% para os primeiros vencimentos, março e maio/15, respectivamente.
As cotações do cereal encontraram suporte em mais um dia de valorização no câmbio que fechou, nesta sexta, a R$ 2,8788, com alta de 0,46% de alta. As preocupações com o futuro da Grécia na Zona do Euro e da instabilidade do cenário no Brasil ainda dão o tom positivo para a moeda americana não só frente ao real mas à uma cesta das principais moedas internacionais.
"O mercado vai demorar para comprar a ideia de que está tudo bem na Europa. Depois de tanta novela, os investidores ficaram céticos", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira à agência Reuters.
Mercado Interno
No mercado interno, a formação dos preços viu a alta do dólar ser neutralizada pelas perdas registradas na Bolsa de Chicago. Em Paranaguá, por exemplo, o preço começou e terminou a semana nos R$ 30,00 por saca.
No interior do país, o destaque ficou para Tangará da Serra, em MT, onde a cotação subiu mais de 9%, passando de R$ 16,50 para R$ 18,00/saca. Nas demais praças de comercialização, entre as principais pesquisadas pelo Notícias Agrícolas junto às cooperativas e aos sindicatos rurais, a semana foi de estabilidade.