Milho: Mercado ainda reflete números do USDA e opera em queda na manhã desta 4ª feira

Publicado em 11/02/2015 08:38

Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho trabalham em campo negativo na manhã desta quarta-feira (11). Por volta das 9h19 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,50 e 1,75 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,86 por bushel, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,88 por bushel.

O mercado ainda reflete os números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e dá continuidade ao movimento negativo. Nesta terça-feira, o órgão aumentou a projeção para os estoques globais de milho da safra 2014/15, para 189,64 milhões de toneladas e da produção mundial, para 991,29 milhões de toneladas de milho.  

O departamento também indicou uma ligeira redução nos estoques norte-americanos, de 47,68 milhões para 46,42 milhões de toneladas do grão. O número ficou abaixo da estimativa do mercado que, apostava em número ao redor de 47,53 milhões de toneladas. Em relação ao milho destinado à produção de etanol, o número ficou em 133,36 milhões de toneladas, contra 131,45 milhões de toneladas, projetadas no boletim de janeiro.

A produção brasileira de milho foi mantida em 75 milhões de toneladas. Já a produção da Argentina ficou dentro das perspectivas do mercado, em 23 milhões de toneladas do grão. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Em Paranaguá, preço sobe para R$ 30,50 a saca com suporte do câmbio

O dia foi de estabilidade aos preços do milho no mercado interno brasileiro, de acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícola. No Porto de Paranaguá, o preço da saca do cereal subiu 1,67% a R$ 30,50, para entrega em outubro de 2015. Já na região de Jataí (GO), o preço subiu 0,93%, com a saca cotada a R$ 20,62.

No Porto, a cotação foi impulsionada pela forte alta do dólar observada nesta terça-feira (10). A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,8364 na venda, com ganho de 2,12%, maior nível desde 1º de novembro de 2004, quando o câmbio fechou a sessão a R$ 2,854. Na máxima do dia, o dólar tocou o patamar de R$ 2,8398, conforme dados da agência Reuters.

De acordo com o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, há perdas na safra de verão e também a alta do dólar que influencia o mercado. Enquanto isso, a produção de safrinha ainda é uma incerteza em relação ao real tamanho da área que será destinada ao cereal e também dos investimentos em tecnologia devido ao atraso no plantio da safra de verão. 

BM&F Bovespa

Na Bolsa brasileira, os futuros do milho terminaram a sessão em campo misto. Na sessão desta terça-feira, as primeiras posições recuaram entre 0,03% e 0,34%. Já a posição setembro/15 subiu 0,17%, cotado a R$ 29,40 a saca e o vencimento março/15 era negociado a R$ 29,05 a saca. Apesar da forte alta do dólar, a queda observada no mercado internacional influenciou os preços. Em Chicago, os preços recuaram frente ao relatório de oferta e demanda do USDA. 

Bolsa de Chicago

Na sessão desta terça-feira (10), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram em campo negativo. As principais posições do cereal terminaram o pregão com perdas entre 2,75 e 3,25 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel, após ter encerrado o dia anterior a US$ 3,91 por bushel.

Segundo informações da agência internacional de notícias Bloomberg, o mercado recuou pressionado pelos números do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de milho referente à safra 2014/15. Ao contrário da expectativa dos traders, que estimavam uma redução nos estoques finais globais, o departamento indicou um aumento nas projeções que, passaram de 189,15 milhões para 189,64 milhões de toneladas de milho. A produção mundial do grão na temporada 2014/15 também foi revisada para cima e subiu de 988,08 milhões de toneladas, indicadas no relatório de janeiro, para 991,29 milhões de toneladas do cereal. 

Os estoques de milho e trigo deverão subir e atingir o nível mais alto desde 2000, aliviando a preocupação sobre os embarques da Ucrânia e da Rússia, em meio à turbulência política na região, conforme dados da Bloomberg. "Ainda há muita abundância de milho em todo o mundo", disse o analista sênior de commodities no Futures International em Chicago, Terry Reilly, em entrevista à agência internacional. 

O órgão também reportou ligeiro recuo nos estoques norte-americanos, de 47,68 milhões para 46,42 milhões de toneladas do grão. O número ficou abaixo da estimativa do mercado que, apostava em número ao redor de 47,53 milhões de toneladas. Em relação ao milho destinado à produção de etanol, o número ficou em 133,36 milhões de toneladas, contra 131,45 milhões de toneladas, projetadas no boletim de janeiro.

No caso da China, o USDA manteve a projeção para safra, em 215,5 milhões de toneladas de milho. Já os estoques aumentaram de 78,72 milhões para 79,22 milhões de toneladas, assim como, as importações que deverão totalizar 2,5 milhões de toneladas, frente as 2 milhões de toneladas indicadas em janeiro.

Para o Brasil, a projeção para a safra da temporada 2014/15 ficou em linha com o reportado no mês anterior, de 75 milhões de toneladas. O mercado esperava um número entre 77 milhões a 73,7 milhões de toneladas do cereal. A produção da Argentina ficou dentro das perspectivas dos participantes do mercado, em 23 milhões de toneladas. No boletim anterior, a safra argentina de milho foi estimada em 22 milhões de toneladas. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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