Milho: Após perdas recentes, mercado testa reação e volta a subir na CBOT

Publicado em 05/02/2015 07:57

Na sessão desta quinta-feira (5), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham em campo positivo. Por volta das 8h39 (horário de Brasília), os contratos do cereal registravam ganhos entre 1,50 e 2,25 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,85 por bushel.

Os preços da commodity testam uma reação depois das quedas apresentadas na quarta-feira. O mercado do cereal recuou, com perdas entre 2,00 e 2,25 pontos, frente à liquidação das posições por parte dos fundos de investimentos, para embolsar os lucros do pregão de terça-feira.

Além disso, as informações da produção de etanol nos Estados Unidos também pesaram sobre os preços. Conforme dados da AIE (Administração de Informação de Energia) a produção de etanol caiu3%, para 948 mil barris por dia. Em contrapartida, os estoques subiram 2%, maior nível desde junho de 2012. A expectativa é que os produtores do país estejam reduzidno a produção, frente ao baixo consumo local do produto.

Ainda nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) irá reportar novo relatório de vendas para exportação, importante indicador de demanda. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Na BM&F, câmbio dá suporte e mercado fecha em alta pelo 2º dia consecutivo

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa terminaram a sessão desta quarta-feira (4) do lado positivo da tabela pelo 2º dia consecutivo. As principais posições do cereal subiram entre 1,18% e 1,43% e o vencimento março/15 encerrou o dia a R$ 29,16 a saca.

Os preços do cereal foram impulsionados pela forte alta observada na moeda norte-americana. O câmbio fechou a sessão desta quarta-feira com forte alta, de 1,78%, negociado a R$ 2,7420 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 2,7490. Conforme informações da agência Reuters, o dólar encontrou suporte na queda do petróleo e a expectativa de que os juros nos Estados Unidos deverão subir em meados desse ano.

De acordo com os analistas, o mercado tem acompanhado a movimentação do dólar. E, somente a partir desse mês irá começar a focar as especulações em relação à safrinha de milho. Ainda há muitas incertezas sobre a segunda safra devido ao atraso no plantio da safra de verão, que estreitou a janela ideal de cultivo do milho. 

Em muitas localidades, especialmente no Centro-Oeste, a expectativa é de redução na área destinada ao grão e também, nos investimentos. Em Nova Mutum (MT), o cenário é o mesmo. “A grande maioria dos produtores não estão otimistas em relação à safrinha. Então, essa é uma grande preocupação e, segundo os meteorologistas, esse ano, as chuvas deverão ficar abaixo da média do registrado em 2014. Sem contar que, os preços não são animadores”, explica o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Carlos Gonçalves. Na região, a saca do milho é negociada entre R$ 15,00 a R$ 16,00.

Mercado interno

No mercado interno, o dia também foi de pouca negociação. Nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de estabilidade. Em Cascavel (PR), o preço registrou alta de 2,50%, com a saca negociada a R$ 20,50. Na região de Jataí (GO), a cotação exibiu ligeiro ganho de 0,15% e saca era negociada a R$ 19,83. 

Já em Tangará da Serra (MT), o preço recuou expressivamente, em torno de 16,67%, com a saca cotada a R$ 15,00. No Porto de Paranaguá, o preço ficou estável em R$ 29,50, para entrega em outubro de 2015.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, as cotações futuras do milho devolveram parte dos ganhos registrados na sessão anterior. As principais posições do milho fecharam a sessão desta quarta-feira com perdas entre 2,00 e 2,25 pontos. O vencimento março/15 era negociado a US$ 3,83 por bushel.

Assim como nos futuros da soja, a queda do petróleo, observada hoje, também refletiu no mercado do cereal. Paralelamente, os investidores observam a situação confortável entre a oferta e demanda mundial, fator negativo aos preços da commodity.

Ainda hoje, a AIE (Administração de Informação e Energia) indicou a produção de etanol nos EUA mais restrita. Até a semana encerrada no dia 30 de janeiro, a média de produção do etanol ficou em 948 mil barris por dia. O número representa uma queda de 3% em relação à semana anterior.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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