Milho: Alta do dólar impulsiona e mercado sobe pelo 4º dia consecutivo na BM&F Bovespa
Diante da forte alta do dólar, o mercado do milho na BM&F Bovespa opera em campo positivo na sessão desta sexta-feira. Por volta das 11h56 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam ganhos entre 0,64% e 1,43%. O vencimento março/15 era cotado a a R$ 28,40 a saca, após ter fechado o dia anterior a R$ 28,00 a saca.
Pelo quarto dia consecutivo as cotações futuras acompanham a movimentação do dólar e exibem ganhos. Nesta sexta-feira, o câmbio trabalha em forte alta, por volta das 12 h, a moeda norte-americana registrava ganho de 2,63%, a R$ 2,6808 na venda.
De acordo com informações reportadas pelo site G1, o movimento é decorrente do resultado do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA em 2014, que cresceu 2,4%. Paralelamente, o mercado também repercute as declarações do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o real não deve permanecer valorizado artificialmente.
Ao longo dos últimos dias, os preços do milho na bolsa brasileira também esboçaram uma recuperação após as perdas expressivas observadas recentemente. Em relação à safra do Brasil, a redução na primeira safra e o clima irregular, são fatores que já foram precificados pelo mercado.
Ainda assim, a expectativa é que a partir de fevereiro o mercado começa a observar melhor a situação da segunda safra. Em muitas regiões onde o plantio da soja atrasou devido ao clima irregular, a perspectiva é de redução na área cultivada com o grão. Isso sem contar a diminuição dos investimentos em tecnologia, em função do maior risco.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram as perdas no pregão desta sexta-feira (30). Por volta das 12h49 (horário de Brasília), os futuros do cereal apresentam quedas entre 3,75 e 4,25 pontos. A posição março/15 era negociada a R$ 3,67 por bushel, abaixo do patamar de fechamento do dia anterior, de US$ 3,71 por bushel.
Em meio à falta de informações, o mercado ainda caminha de lado e opera de forma mais técnica nesse momento. Na sessão anterior, os preços registraram leve queda entre 1,25 e 1,75 pontos. De acordo com informações reportadas por agências internacionais, os preços foram pressionados pelo recuo nas vendas para exportação, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Até o dia 22 de janeiro, as vendas ficaram em 1.068,200 milhão de toneladas do grão. Em comparação com a semana passada, o percentual representa uma queda de 51%, já que no período, o número ficou em 2.185,4 milhões de toneladas. O principal comprador do milho norte-americano foi o Japão, com 440,1 mil toneladas. Para a safra nova, as vendas ficaram em 16 mil toneladas do grão.
Em contrapartida, informações do noticiário internacional também destacam que, os participantes do mercado também começam a observar o desenvolvimento das lavouras de milho na América do Sul. E o avanço da colheita do cereal no Brasil também contribui para pressionar as cotações.