Milho: Após ganhos expressivos, mercado realiza lucros e recua na CBOT
Depois das fortes altas registradas na sessão anterior, os preços futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves quedas nesta terça-feira (25). Por volta das 8h31 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam perdas entre 3,00 e 3,50 pontos. O vencimento maio/14 era comercializado a US$ 4,87 por bushel.
O mercado realiza lucros, após as expressivas valorizações exibidas no último pregão. A previsão de clima frio nos Estados Unidos, que pode prejudicar o avanço do plantio da safra 2014/15 e, se persistir, afetar o desenvolvimento da produção, foi o principal fator de suporte aos preços em Chicago.
A demanda aquecida pelo produto norte-americano, frente às perspectivas de redução na área cultivada com o grão nos EUA também exerceram função positiva sobre os preços.
Ainda assim, segundo analistas, o mercado aguarda o relatório de intenção de plantio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para definir um direcionamento. O boletim será anunciado no próximo dia 31.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira (24):
Milho: Frente às preocupações com o clima e a demanda forte nos EUA, mercado fecha em alta em Chicago
As posições futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão desta segunda-feira (24) com forte alta. Ao longo das negociações, os contratos ampliaram os ganhos e fecharam a dia com ganhos entre 7,75 e 11,00 pontos. O contrato maio/14 era comercializado a US$ 4,90, com valorização de 2,29% em relação à última sessão.
O clima frio nos Estados Unidos, em importantes regiões do Corn Belt, foi o principal fator de suporte aos preços em Chicago. E se o tempo mais frio em partes do cinturão produtor do país permanecer pode atrasar o plantio do milho norte-americano, assim como, afetar o desenvolvimento da safra 2014/15.
As condições climáticas adversas têm prejudicado o transporte das commodities dentro dos EUA e também gerado um aumento demanda por ração, conforme explica o analista de mercado da Jefferies, Vinicius Ito.
Paralelo a esse cenário, frente a perspectiva de redução na área cultivada com o milho na próxima safra, a demanda pelo produto norte-americano permanece aquecida e também tem exercido pressão positiva sobre os preços futuros. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as vendas semanais de milho, na semana encerrada no dia 20 de março, em 1.142.722 toneladas.
Na última semana, o número anunciado pelo departamento norte-americano foi de 976.742 toneladas (número revisado). No total acumulado no ano safra, que teve início no dia 1º de setembro, as vendas somam 21.068.669 toneladas, contra 10.482.102 milhões de toneladas no ano anterior.
“Estamos com um nível de exportações norte-americanas altas a cada semana e, tanto os preços de soja como de milho, apesar dos mercados terem fundamentos um pouco diferentes, devem permanecer sustentados, por enquanto”, afirma Ito.
Além disso, os investidores ainda estão cautelosos em relação à situação na Ucrânia, já que um possível conflito pode direcionar a demanda para outros países, inclusive os EUA, conforme destaca a analista de agronegócio da Céleres Consultoria, Aline Ferro. E frente a essas incertezas, o mercado já trabalha com a especulação de redução de 20% na área agrícola no país, porém as informações ainda não foram confirmadas oficialmente.