Vendas de máquinas agrícolas devem crescer em 2020, diz a Anfavea ao Marcas e Máquinas
O Jornalista Frederico Olivi esteve nesta terça-feira (07) na Sede da Anfavea, em São Paulo, SP e de lá trouxe mais informações sobre como se comportaram os números do mercado de máquinas agrícolas, automotivo e de caminhões em 2019. Acompanhe:
O mercado de máquinas agrícolas e rodoviárias, encerrou o ano de 2019 no vermelho, com o número de 8,4 por cento menor que o registrado em 2018, segundo dados divulgados pela Anfavea - A Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores - mostrando que de janeiro a dezembro de 2019, foram comercializados no Brasil 43 mil e 700 máquinas agrícolas, contra 47 mil e 700 máquinas em 2018.
Segundo Alfredo Miguel Neto, Vice Presidente da Anfavea, a principal causa desse recesso na comercialização de máquinas agrícolas no Brasil em 2019 foi a falta de previsão do agricultor em relação as taxas de juros praticados no mercado no momento da aquisição da máquina e, em muitos casos, a baixa disponibilidade dos bancos para atender aos produtores rurais, diante do contingenciamento de recursos do BNDEs para as linhas de financiamento para o setor.
Já o setor de automóveis e caminhões continuaram, em 2019, na sua escalada de retomada do mercado. Com 8,6 porcento de aumento nos licenciamentos para o setor automotivo ( 2,79 milhões em 2019 contra 2,57 milhões em 2018) e no segmento de caminhões com 33,3 por cento no acréscimo de licenciamentos em 2019 em relação a 2018. ( 76,0 mil em 2018 / 101, 3 mil em 2019).
Venda de máquinas agrícolas no Brasil deve crescer 2,9% em 2020, diz Anfavea
SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias pela indústria a concessionárias no Brasil devem crescer 2,9% em 2020, após um recuo em 2019, apontaram projeções da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta terça-feira.
As vendas dessas máquinas neste ano estão estimadas em 45 mil unidades, de acordo com a entidade, ante 43,7 mil unidades em 2019, quando foi contabilizado recuo de 8,4% frente a 2018.
Já as exportações desses equipamentos agrícolas e rodoviários neste ano foram projetadas em 13 mil unidades, aumento de 1% frente a 2019. Os números do ano passado representaram alta de 1,5% na comparação com 2018.
A produção dessas máquinas deverá somar 56 mil unidades em 2020, um incremento de 5,4% na comparação anual, segundo a Anfavea. No acumulado de 2019, elas somaram 53,1 mil unidades, com retração de 19,1% ante o ano completo de 2018.
DEZEMBRO
A Anfavea também divulgou nesta terça-feira os números de dezembro de 2019, quando as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 3,3 mil unidades, com queda de 24,4% ante mesmo período de 2018, enquanto ficaram praticamente estáveis frente a novembro, com alta de 0,8%.
A produção desses equipamentos em dezembro passado foi de 2,3 mil máquinas, o que representa queda de 58,8% na comparação com o mesmo mês de 2018 e recuo de 48% frente a novembro.
Já as exportações foram de 0,9 mil unidades em dezembro, com alta de 7% na comparação anual, mas recuo de 15,1% ante novembro, segundo os dados da Anfavea.
(Por Alberto Alerigi e Luciano Costa)
Indústria de veículos do Brasil espera alta de vendas e produção em 2020
SÃO PAULO (Reuters) - As montadoras de veículos do Brasil trabalham com um cenário de crescimento de vendas e produção no país em 2020 e nova queda de dois dígitos nas exportações, ainda pressionadas pela crise na Argentina e distúrbios em outros mercados como o Chile, afirmou nesta terça-feira a associação que representa o setor, Anfavea.
A entidade estimou crescimento de 9,4% nos licenciamentos, para 3,05 milhões de veículos este ano, e alta de 7,3% na produção, para 3,16 milhões de unidades. Para as exportações, porém, a Anfavea espera queda de 11%, para 381 mil veículos, depois de despencarem quase 32% no ano passado.
As projeções baseiam-se na expectativa de crescimento no PIB brasileiro de 2,5% em 2020, considerando o cenário de manutenção da queda dos juros nos financiamentos das vendas e sinais de melhora no nível de emprego. Para o cenário externo, a previsão é de que não haverá retomada do mercado argentino, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a jornalistas.
Em 2019, os emplacamentos no Brasil subiram 8,6%, para 2,79 milhões de veículos, melhor desempenho desde 2014, enquanto a produção cresceu 2,3%, para 2,94 milhões de unidades. Com esse desempenho, a Anfavea avalia que o Brasil subiu no ano passado da oitava para a sexta posição entre os maiores mercados de veículos do mundo, superando França e Reino Unido, segundo números preliminares da entidade.
Apesar do crescimento em 2019 e da perspectiva para 2020, Moraes disse que as vendas da indústria previstas para este ano ainda estão 750 mil unidades abaixo do pico registrado em 2012.
"750 mil unidades são três meses de faturamento do setor... Foi uma crise muito profunda e longa e a recuperação é lenta", disse o executivo, oriundo da Mercedes-Benz, citando o fundo do poço nessa indústria em 2016, quando a produção recuou a 2,18 milhões de veículos e as vendas caíram a 2 milhões de unidades.
"Do ponto de vista econômico, entendemos que 2020 começa em condições melhores que 2019, tem mais tendência de consumo, certa tendência de alta para a produção, mas a gente não pode permitir que este otimismo moderado atrase a continuidade das reformas estruturais, caso contrário vamos ter mais um voo de galinha", disse Moraes.
O executivo defendeu que o Congresso não fique paralisado a partir de maio por conta das eleições municipais deste ano, o que poderia trazer riscos de atrasos em reformas como a tributária e afetar as perspectivas de crescimento econômico.
Uma das pautas da Anfavea este ano é a revisão no Reintegra, mecanismo de compensação fiscal para exportações. Atualmente esta compensação está em 0,1%, apesar da entidade ter entregue ao governo em dezembro estudo que afirma que os resíduos tributários nas exportações do setor são de 12%. "Sabemos que o governo tem problema de déficit fiscal... mas esperamos tocar no tema (Reintegra) de novo com o governo neste ano", disse Moraes.
As montadoras no Brasil fecharam 2019 com 125.596 postos de trabalho ocupados, recuo de 3,7% sobre 2018 e menor nível desde 2009, quando empregavam 124.478 pessoas. A queda foi atribuída por Moraes ao fechamento de fábrica de caminhões da Ford em São Bernardo do Campo (SP) e a ajustes de pessoal em outras empresas devido à queda nas exportações.
O pico do emprego no setor foi atingido em 2013, com 156.970 postos ocupados. Moraes disse que pode até haver um crescimento de emprego da indústria automotiva neste ano, mas que uma recuperação significativa somente ocorrerá com um avanço maior do mercado interno e expansão das exportações.
"Aumento de emprego no setor no Brasil virá quando tivermos avanços estruturais que permitam um aumento muito maior das vendas e exportações robustas. Vai ter crescimento do emprego, mas talvez não na mesma dimensão que vimos lá atrás", disse ele.
(Por Alberto Alerigi Jr.)