Santos Brasil movimenta 265.321 contêineres no 1T20

Publicado em 13/05/2020 10:51
Companhia apresenta crescimento de 4,1% na movimentação consolidada de seus três terminais de contêineres apesar dos efeitos da Covid-19 na economia

Os efeitos da pandemia do novo Coronavírus (Covid -19) na economia global tiveram um impacto limitado no desempenho operacional da Santos Brasil no primeiro trimestre de 2020, considerando a movimentação de contêineres dos terminais, a armazenagem no Tecon Santos e nos CLIAs (terminais alfandegados), bem como as atividades da Santos Brasil Logística e do Terminal de Veículos (TEV).

O volume consolidado dos três terminais de contêineres da Companhia - Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) - apresentou alta de 4,1% no período em relação ao 1T19, somando 265.321 contêineres. Nas operações de longo curso, que representaram 70,2% do total movimentado, os volumes de contêineres de importação apresentaram crescimento de 13,2% e os de exportação queda de 13,0% em relação ao 1T19. As operações de cabotagem cresceram 14,0% e representaram 29,8% do volume total movimentado; e as operações de transbordo tiveram aumento de 6,5% no trimestre, representando 35,9% do volume total movimentado.

No Tecon Santos, a movimentação cresceu 7,0% em relação ao 1T19, somando 233.779 contêineres no 1T20. Com o volume movimentado no trimestre, o Tecon Santos apresentou, em base anualizada, utilização de 75% de sua capacidade e obteve 36,9% de market share no Porto de Santos.

O Tecon Imbituba movimentou 10.211 contêineres no 1T20, 19,3% abaixo do volume do 1T19. A queda é explicada pela redução na movimentação de contêineres de longo curso, que ainda contava com o serviço asiático ASAS em janeiro de 2019, descontinuado no fim do mês, e também pela queda no volume de cabotagem.

No Tecon Vila do Conde, o volume de contêineres movimentados caiu 10,2% no 1T20 para 21.331 unidades. Essa queda teve como principal responsável uma acentuada redução na movimentação de contêineres vazios em janeiro e fevereiro. Em março, já houve retomada no reposicionamento de contêineres vazios em Vila do Conde, antecipando-se aos embarques previstos para os próximos meses.

A Santos Brasil Logística apresentou queda de 8,7% no volume de contêineres armazenados em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, parte da queda do volume de armazenagem do CLIA Santos foi compensada pela migração de clientes dos serviços de navegação que operavam na Libra Santos para serviços que escalam o Tecon Santos, o que elevou a armazenagem de pátio do terminal. No segmento de Transporte Rodoviário, a SBLog fechou contrato com dois novos clientes, que deverão incrementar o volume transportado nos próximos meses.

O TEV movimentou 48.422 veículos no 1T20, queda de 1,1% em relação ao 1T19. O destaque no trimestre foi a alta de 88,3% nas importações de veículos, melhorando, portanto, o mix do TEV. Em contrapartida, as exportações caíram 13,4%, representando 77,0% do total movimentado.

De acordo com Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, "as unidades de negócio da Companhia seguem operando regularmente, prestando serviços essenciais à sociedade. Embora reconheçamos que a realidade então projetada para 2020 se alterou significativamente em razão do novo coronavírus, fizemos bem a nossa lição de casa. A posição de caixa é saudável, o endividamento líquido baixo e temos um fluxo de investimentos que preservará a vantagem competitiva no nosso principal mercado, o Porto de Santos. Por isso, estamos preparados para atravessar o período mais agudo da crise e, também, para futuramente colher os frutos da retomada econômica".

A receita líquida consolidada da Santos Brasil totalizou R﹩223,8 milhões no 1T20, queda de 1,5% vs. 1T19. O EBITDA no período somou R﹩38,5 milhões, um crescimento de 17,4% frente ao mesmo período do ano anterior, com margem de 17,2%. Em base recorrente, o EBITDA foi de R﹩36,3 milhões, com margem de 16,2%. A Companhia apurou prejuízo líquido de R﹩13,3 milhões no 1T20, comparado ao prejuízo líquido de R﹩9,1 milhões no 1T19.

A Santos Brasil encerrou o 1T20 com saldo caixa e aplicações financeiras no montante de R﹩372,9 milhões, dívida líquida de R﹩63,1 milhões e índice de alavancagem de 0,50 vezes a dívida líquida/EBITDA pró-forma* (considerando os custos de arrendamento e aluguel) dos últimos 12 meses.

No primeiro trimestre deste ano, o CapEx consolidado somou R﹩63,3 milhões, com 97% do total investidos no Tecon Santos, sendo a grande maioria referente à obra de extensão e reforço do cais do TEV/Tecon Santos, investimentos previstos no Projeto Executivo objeto da prorrogação antecipada do arrendamento do terminal.

Sobre a Santos Brasil

A Santos Brasil é prestadora de serviços portuários e logísticos completos, do Porto à Porta. Listada no Novo Mercado da B3, é referência na operação de contêineres no Brasil. Foi criada há 23 anos para operar o Tecon Santos (SP), maior terminal da América do Sul, e já investiu mais de R﹩ 5 bilhões, calculados a valor presente, em aquisições, expansões, novos equipamentos e tecnologia. Antecipando-se ao crescimento do fluxo de comércio internacional, a Santos Brasil colaborou significativamente para aumentar a capacidade logística portuária do País.

Além do Tecon Santos, a Companhia opera mais dois terminais de contêineres - Vila do Conde (PA) e Imbituba (SC) -, um terminal de carga geral (TCG em Imbituba) e um terminal de veículos (TEV) no Porto de Santos. Conta também com uma operadora logística, a Santos Brasil Logística, que atua de forma integrada aos terminais viabilizando o atendimento ao cliente em todas as etapas da cadeia logística do porto até a porta.

* Com a adoção do IFRS 16, o EBITDA dos terminais portuários e da Santos Brasil Logística deixou de refletir os gastos com arrendamento e aluguel. Buscando manter a análise comparativa com períodos anteriores e refletir, com mais precisão, o resultado operacional "caixa" da Companhia, foi calculado o "EBITDA pró-forma", que subtrai as despesas de arrendamento e aluguel do EBITDA reportado. Ainda como consequência da nova metodologia contábil, houve incremento nas despesas de amortização do ativo intangível, impactando diretamente o resultado do exercício.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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