Demanda interna por produtos lácteos demonstra potencial e novas possibilidades para produtores rurais de MS

Publicado em 18/08/2020 12:24
Senar/MS iniciará capacitação e atendimento na cadeia produtiva da agroindústria no estado.

De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), entre janeiro e abril de 2020, Mato Grosso do Sul produziu mais de 83 mil litros de leite, uma variação de 13,11% se comparado ao mesmo período do ano passado. Aproximadamente 35% do volume de leite captado é destinado para a fabricação de queijo muçarela, item que mais destaca no mix de lácteos e que demonstra o potencial da agroindústria no estado. Este é o tema da editoria #MercadoAgropecuário desta segunda-feira (17).

Informações do SIE (Serviço de Inspeção Estadual) e SIF (Serviço de Inspeção Federal) mostram que a capacidade instalada em operação pelo estado é de quase 790 mil litros ao dia, que são destinados a 41 empresas do parque industrial, instaladas em 28 municípios. Considerando os dados de captação de 2019, que registrou 198 milhões de litros, percebemos que há possibilidade de ampliação da produção, tendo em vista que as indústrias não utilizam a capacidade máxima instalada.

“É comum nas prateleiras dos supermercados, por exemplo, encontrarmos várias opções de queijos com marcas de outros estados. Em contrapartida, a indústria comercializa volume representativo de leite cru, isso mostra que temos potencial para expandir a oferta de produtos lácteos com maior valor agregado”, comenta a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.

Em relação ao aprimoramento para atender a demanda, o Senar Mato Grosso do Sul terá capacitação e Assistência Técnica e Gerencial na área da agroindústria. A ideia é melhorar a produção e a produtividade, e ampliar as possibilidades com fabricação e industrialização de produtos do campo, como forma de agregar valor ao seu negócio.

Pandemia e valorização

Com a pandemia da Covid-19 e a quarentena instaurada também em MS, com restrições sociais e econômicas, provocou um aumento súbito nas compras de lácteos e isso refletiu no avanço expressivo dos preços, principalmente no mês de abril, quando a valorização passou de 7%. Em maio houve redução no índice de 0,57% de alta. “Para os meses de junho e julho ocorreram valorizações que podem ser explicadas pela condição de oferta menor e recuperação da demanda com reabertura da economia e a disponibilidade do recurso emergencial para as famílias”, acrescenta a analista.

Fonte: Famasul

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Leite/Cepea: Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
Comissão Nacional de Pecuária de Leite discute mercado futuro
Brasil exporta tecnologia para melhoramento genético de bovinos leiteiros
Preço do leite pago ao produtor para o produto captado em outubro deve ficar mais perto da estabilidade, segundo economista
Pela primeira vez, ferramenta genômica vai reunir três raças de bovinos leiteiros
Setor lácteo prevê 2025 positivo, mas com desafios
undefined