Calor extremo ameaça produção de laranjas e limões

Publicado em 17/03/2025 08:40
Preços continuam a cair e condição climática pode comprometer próxima safra

A citricultura paulista, uma das mais importantes do agronegócio mundial, enfrenta um grande desafio com o avanço das altas temperaturas. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) apontam que as condições climáticas adversas podem comprometer a produção de laranjas e limões na reta final da safra 2024/25, além de impactar o desenvolvimento vegetativo dos frutos para a próxima temporada (2025/26). 

Na última safra de laranja, do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais, foram produzidas mais de 307 milhões de caixas da fruta. Atualmente, o aumento da temperatura e a falta de chuvas adequadas têm afetado, principalmente, as variedades colhidas mais tarde, como a laranja Valência, que tem apresentado calibres menores do que o ideal para o consumo in natura. Como consequência, muitos frutos acabam sendo destinados à indústria para moagem, reduzindo a rentabilidade dos produtores.

De acordo com dados do Cepea divulgados em 11 de março, os preços da laranja e do limão Tahiti seguem em trajetória de queda. A laranja destinada à indústria foi negociada a R$ 68,18 por caixa de 40,8 kg, registrando um recuo de 1,57% nos últimos cinco dias. No mercado in natura, a variedade Pera, que no início do mês era comercializada a R$ 94,24, caiu para R$ 88,73 por caixa em 5 de março, representando uma desvalorização de 5,85%.

"A falta de umidade e o calor excessivo afetam diretamente o desenvolvimento das frutas, comprometendo sua qualidade e reduzindo a produtividade. O produtor precisa adotar estratégias que ajudem a minimizar os impactos climáticos e garantir a rentabilidade da safra", alerta Francisco Carvalho, gerente comercial da Hydroplan-EB, empresa que atua há mais de 25 anos no setor e é referência global na aplicação do Gel na agricultura.

Soluções para reduzir os impactos da seca

Diante das previsões climáticas cada vez mais desafiadoras para a citricultura brasileira, a adoção de tecnologias inovadoras para conservação da umidade e manejo sustentável do solo pode ser a chave para garantir safras mais produtivas e rentáveis. No cultivo da laranja, em especial, onde a demanda por água é elevada, estratégias que aumentem a retenção hídrica são fundamentais para preservar a qualidade dos frutos e reduzir impactos da estiagem.

Fonte: Hydroplan-EB

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