Ações externas de controle do greening diminuem a captura de psilídeos dentro das fazendas
“Os resultados evidenciam a importância do controle externo dentro do manejo do greening, com a eliminação de plantas fontes de inóculo ao redor dos pomares de citros manejados”, avalia o engenheiro agrônomo do Fundecitrus Arthur Tomaseto, responsável pelas análises.
Nos últimos anos, pesquisas do Fundecitrus apontaram a influência de plantas de citros sem o controle recomendado e de murtas localizadas nos arredores dos pomares comerciais sobre o interior dessas propriedades. Isso porque o psilídeo se alimenta e se reproduz nessas plantas e migra para as fazendas, mesmo que elas realizem o manejo interno rigoroso. “Hoje não é mais possível limitar o controle do greening ao interior das propriedades. O psilídeo não respeita cercas”, diz Sala.
Controle externo
Em diversas áreas, citricultores vizinhos se unem para realizar o mapeamento e substituição dessas plantas com o apoio do Fundecitrus, que faz a intermediação com o poder público e a conscientização da população sobre o poder destrutivo do greening, como a doença pode comprometer a produção e os empregos gerados pela citricultura e sobre a importância da substituição das árvores.
Em 2017, primeiro ano de avaliação, é possível observar nos gráficos abaixo picos populacionais do psilídeo nas fazendas na região de Araraquara e Santa Cruz do Rio Pardo (círculos nas linhas pretas), que ocorreram entre o final do inverno e primavera. Em 2018, o aumento do número de plantas de citros e murtas eliminadas nos arredores da propriedade (movimento indicado pela flecha verde) resulta em diminuição da captura de psilídeos no interior das fazendas (movimento indicado pela flecha vermelha).
Picos populacionais na região não afetam as fazendas
Vale ressaltar que as capturas nas respectivas regiões (linhas cinzas) não foram influenciadas pelas erradicações de plantas por estarem alocadas sempre em quintais ou propriedades sem manejo, sendo dependentes exclusivamente das influências climáticas e do fluxo vegetativo das plantas de citros. Além da diminuição do número de psilídeos capturados, verificou-se também redução da porcentagem de armadilhas com captura.