Crescimento de casos de greening preocupa citricultores no Sul de Minas
Citricultores do Sul de Minas estão preocupados com o avanço do greening na região. Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária, pomares de 20 cidades da região registraram casos de greening.
O Sul de de Minas é responsável por 30% da produção de todo o estado. Erradicar os pés infectados e combater o mosquito transmissor são as únicas alternativas dos produtores para segurarem a doença.
“Ela é traiçoeira, porque os sintomas vêm depois de seis meses a um ano depois que a bactéria é inoculada na planta. Então o produtor tem que ficar muito atento aos sintomas do greening na propriedade, porque quanto mais rápido se erradica a planta, mais saudável vai ser o pomar deste produtor. Não adianta o produtor achar um galho com greening e podar. Isso aí já foi feito pesquisa, porque quando a bactéria está na planta, ela anda no floema e no xilema. Quer dizer que ela vai para a raiz e vai para as folhas”, explica o engenheiro agrônomo José Maria de Carvalho.
A doença se espalha rapidamente e estraga os frutos. Na fazenda do produtor Rafael Arcuri Neto, dos 25 mil pés, 200 foram atingidos. Com medo de perder toda a plantação, ele cortou os pés doentes.
“Infelizmente essa é uma doença aonde não existe cura, a única forma é controlar, arrancando os pés doentes, controlando a presença do mosquito que transmite a doença e cuidando dos pés sadios”, afirma o produtor.
Além de erradicar os pés, é preciso fazer a pulverização para combater o psilídeo, mosquito que transmite a doença. “Ele introduz o estilete, e nesta salivação, que é intensa, ele inocula a bactéria na planta sadia, então a planta fica contaminada, porque o psilídeo é um vetor da doença”, conta Carvalho.
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