Uso de biológicos cresce no país e participação no mercado de defensivos deve saltar para dois dígitos; Solubio se destaca no setor
Nos últimos anos, a agricultura brasileira tem passado por uma transformação significativa com a crescente adoção dos defensivos biológicos. Essa tendência, que ganhou força na última década, reflete uma mudança profunda na maneira como o país aborda o manejo agrícola, com uma prioridade cada vez maior na sustentabilidade e na eficiência. Segundo Sheilla Albuquerque, CEO da Solubio, essa mudança, que poderia ter sido vista como utópica anos atrás, hoje é um dos pilares fundamentais da agricultura moderna no Brasil. “A regulamentação dos biológicos caminha a passos largos para garantir uma lei abrangente e que promova a inovação, a preservação do direito de o produtor multiplicar para uso próprio e a sustentabilidade”, comenta a executiva.
Ela acredita que a participação dos biológicos, hoje em torno de 5% do mercado nacional de defensivos, poderá crescer para até 30% nos próximos 15 a 20 anos. Atualmente, culturas de grande relevância para a agricultura brasileira, como soja, milho, cana-de-açúcar e algodão, já adotam o uso dessas soluções e outras começam a explorar.
A história dos biológicos no Brasil teve início na década de 1970, com a produção e o uso de inimigos naturais por produtores de cana-de-açúcar no país. Nos últimos 15 anos, o uso foi incrementado devido às mudanças na legislação e ao mapeamento de microrganismos pela academia e instituições públicas de pesquisa. Esse trabalho pioneiro, que ganhou escala no campo apenas uma década atrás, abriu novas possibilidades para o uso de soluções biológicas em diversas culturas. “O agricultor brasileiro, que sempre teve que lidar com inúmeras variáveis, mostrou uma capacidade extraordinária de se reinventar e adotar novas tecnologias, especialmente as voltadas para a sustentabilidade”, ressalta a executiva.
Atualmente, os biológicos não se limitam mais a aplicações específicas como no início; estão presentes no sulco de plantio, em tratamentos foliares e no controle de doenças através de bactérias e fungos. Essa evolução só foi possível graças à iniciativa privada, que desempenhou um papel crucial na aceleração da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O vice-presidente comercial e de marketing da Solubio, Carlos Landerdahl, destaca que a força do consumidor na cadeia produtiva também impulsionou essa transformação com a crescente demanda por boas práticas alimentares e produtos mais saudáveis.
“Essa agenda veio para ficar! A força do consumidor na cadeia alimentícia está cada vez maior, afinal todos querem melhorar suas práticas, em todo o mundo. Isso força toda a indústria envolvida, seja alimentícia, de ração e tecnológica, a se desenvolver para essa agricultura mais sustentável”, afirma Landerdahl. De acordo com o executivo, inclusive há possibilidade no futuro de o agricultor ser recompensado pelas boas práticas agrícolas. “Esse é um caminho que já se iniciou, as indústrias e a sociedade terão um papel muito relevante nessa aceleração”, explica.
Além disso, um dos grandes desafios para a indústria de defensivos químicos no país tem sido o aumento dos custos e o tempo necessário para desenvolver novas soluções para atender aos agricultores. Em contraste, o campo dos biológicos oferece um vasto território ainda inexplorado. “Os estudos mostram que ainda não mapeamos nem 1% dos microrganismos presentes no solo brasileiro”, afirma Landerdahl, sugerindo que o potencial dos biológicos é imenso.
Além dos diversos benefícios agronômicos, os defensivos biológicos oferecem vantagens sociais, ambientais e financeiras, como a menor exposição dos trabalhadores a produtos químicos, a redução dos custos de manejo pelos produtores rurais e ainda vantagens e eficiência agronômica, fator fundamental e chave para o aumento do uso, capacitação, inovação e suporte para que nossos parceiros possam produzir biológicos da melhor forma possível. Landerdahl acredita em um futuro no qual os defensivos agrícolas biológicos e os químicos trabalhem em ainda mais sinergia, com o biológico desempenhando um papel cada vez mais relevante, o que reforça os indicativos de grande escalada desse mercado ao longo dos próximos anos.
“Acredito muito, no futuro, em um mix no qual o biológico será protagonista, inclusive, ajudando os químicos a performar melhor. Esse é um caminho crescente nessa primeira geração e outras devem vir”, destaca o vice-presidente comercial e de marketing da Solubio. Esse crescimento contínuo dos biológicos é impulsionado pela abertura dos produtores às novas tecnologias e pela descoberta de microrganismos pela academia e iniciativa privada.
De acordo com Rose Monnerat, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Solubio, a empresa tem investido fortemente no desenvolvimento de novas soluções e planeja lançar pelo menos cinco novos produtos nos próximos dois anos, formulados à base de cepas inéditas no mercado. “Nosso desejo de desenvolver novas tecnologias nos levou a inaugurar, em 2023, a SoluScience, um centro de pesquisas, desenvolvimento e inovação, em Brasília, que conta com 15 pesquisadores (doutores e mestres) dedicados ao desenvolvimento de novos produtos”, explica a pesquisadora.
A Solubio na vanguarda da inovação agrícola no país
Como uma das líderes no segmento de defensivos biológicos, a Solubio se destaca nesse mercado por sua abordagem inovadora e disruptiva, promovendo a liberdade de produção dessas soluções de maneira on farm para agricultores de Norte a Sul do país. “A Solubio tem a inovação no DNA”, afirma Landerdahl, destacando que a empresa foi criada com o propósito de levar a produção on farm aos produtores com a garantia de liberdade e segurança para pequenos, médios e grandes produtores em todas as regiões e culturas do Brasil.
Entre os milhares de clientes satisfeitos da Solubio, está Haroldo Cunha, presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (AGOPA). Ele compartilha sua experiência positiva nos últimos anos com a empresa: “A parceria tem funcionado muito bem, melhorando os processos e garantindo sucesso na nossa produção on farm. O produtor compra o pré-inóculo e produz o seu ativo na concentração desejada com toda a orientação da empresa. Sem dúvida, a Solubio é a melhor parceira para quem deseja iniciar a produção on farm no país”.
Cunha produz soja, milho, feijão e sorgo no Sudoeste de Goiás e também destaca a crescente demanda do mercado externo por produtos mais sustentáveis, reforçando a importância da produção on farm no país e o uso de soluções mais sustentáveis. “O mercado externo está em busca desses produtos, o que inclui a redução do uso de químicos. Nesse sentido, a produção on farm que a Solubio oferece se encaixa perfeitamente”. No caso específico de Cunha, os biológicos têm sido ferramentas essenciais para o controle de nematóides.
“No manejo de nematóides, além de uso dos químicos, os biológicos são importantes pois permanecem no solo, funcionando continuamente para promover um maior equilíbrio na biologia. Sem dúvidas, eles são importantes, mas é sempre necessário considerar outras práticas sustentáveis no manejo, como a inclusão de palha e matéria orgânica”, orienta o produtor rural. Embora os resultados do uso de biológicos no campo sejam mais difíceis de mensurar, especialmente por estarem no solo, Cunha relata que tem conseguido captar dados que demonstram o sucesso das soluções.
Com uma equipe de mais de 120 profissionais em campo e 50 especialistas focados na eficiência agronômica, a Solubio oferece muito mais do que biofábricas. A empresa entrega uma solução de manejo biológico sustentável e agronomicamente robusta, permitindo que os agricultores produzam seus próprios bioinsumos diretamente na fazenda. Essa abordagem reduz significativamente o impacto ambiental, eliminando a necessidade de transporte de produtos e o uso de embalagens no campo.
“Assim como é impossível imaginar a agricultura hoje sem a digitalização, sem máquinas inteligentes, sem a internet das coisas e os algoritmos integrados aos equipamentos, também não se pode conceber a agricultura do futuro sem o manejo biológico nas propriedades”, conclui Landerdahl. Nos últimos quatro anos, a Solubio triplicou de tamanho, evidenciando a aceitação positiva de seus produtos e a solidez de sua estratégia. Mesmo em um ano desafiador para o agronegócio, a empresa manteve um crescimento sólido e projeta dobrar a receita até 2026, com metas que envolvem a expansão de mercado.
A CEO da companhia, Sheilla Albuquerque, ainda destaca a posição de vanguarda do Brasil na agenda dos bioinsumos. “Podemos nos tornar o grande líder global dessa temática no segmento, com tecnologia, exportando produtos e conhecimento para outros países, além do impacto que o uso massivo dos bioinsumos pode ter sobre o clima, nos ajudando a reter mais carbono no solo e trazer mais vida pros solos brasileiros e do mundo”, conclui.
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