Novas ferramentas para o controle de plantas daninhas na cana, mais seletivas e mais eficazes

Publicado em 17/05/2023 11:47

Por Dr. Marcelo Nicolai

Graças a inserção no mercado brasileiro do herbicida pyroxasulfuone, inovação que ocorreu no meio de 2020, contamos hoje com uma ferramenta diferenciada quanto ao controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar, por um lado baseado em sua alta eficácia sobre gramíneas, como o capim-braquiária (B. decumbens), o capim-colchão (Digitaria spp), independente da espécie, o capim-camalote (R. exaltata) e o capim-colonião (P. maximum), bem como algumas folhas largas como cordas-de-viola (Ipomoea spp) e caruru (Amaranthus spp), por outro, pela alta seletividade inerente ao pyroxasulfone, que inclusive no contato com a folha da cana-de-açúcar não causa lesões, sendo um herbicida de possibilidade de uso tanto em cana-planta, como em cana-soca.

Esta nova ferramenta chega ao mercado em duas associações prontas, de excelente qualidade de formulação, uma com o herbicida flumioxazina (pyroxasulfone 200 + flumioxazina 200) e a outra com o principal latifolicida do mercado, o amicarbazone (pyroxasulfone 81 + amicarbazone 419). A associação entre pyroxasulfone e amicarbazone uniu dois produtos com espectro de ação muito amplo, como já vimos para o pyroxasulfone e como já é sabido para o amicarbazone, que tem foco no manejo de plantas daninhas de sementes grandes como a mamona (R. communis), a mucuna (M. aterrina), a bucha (Luffa aegyptiaca), o melão-de-são-caetano (M. charantia), as cordas-de-viola (Ipomoea spp e Merremia spp) e o fedegoso (Senna spp).

Assim trata-se de uma associação com foco nas plantas daninhas de difícil controles que temos em nossos canaviais. O uso da associação entre pyroxasulfone e amicarbazone tem recomendação para o manejo de cana-planta, focado nas aplicações pós-quebra-lombo (pós nivelamento para colheita) no período seco, seja da forma em que o herbicida está acoplado ao equipamento de nivelamento, quando a aplicação deste insumo é de melhor qualidade e seletividade pelo bom direcionamento da mesma ao alvo solo, seja quando no uso em jato dirigido, em aplicação posterior ao nivelamento, já que ambos os ingredientes ativos são seletivos a aplicação na folha da cultura. No manejo de plantas daninhas na época semi-seca, seca e semi-umida do ano é que observamos a maior parte das situações para o uso da associação entre pyroxasulfone e amicarbazone.

Mesmo na abertura da safra, na transição da umidade, quando temos mais para tempo para o fechamento destas soqueiras, a associação herbicida citada tem alto poder de controle para as plantas daninhas normalmente encontradas em nossos canaviais, garantindo residual de controle com vistas a redução do repasse de final de safra. No decorrer da safra, quando a seca se intensifica, observamos excelente comportamento da mistura, com estabilidade sobre essa palhada seca e pronta resposta quando do início das precipitações e germinações de plantas daninhas, em meados de setembro ou outubro na região centro sul do país. 

 

Fonte: Ihara

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