Bioinsumos: Mercado cresce 40% ao ano e impulsiona produtividade agrícola no Brasil com sustentabilidade

Publicado em 17/10/2022 10:28 e atualizado em 17/10/2022 17:11
Agrivalle, indústria de bioinsumos do país, acompanha de perto esse crescimento e especialista explica os inúmeros benefícios das soluções

O mercado de bioinsumos no Brasil tem crescido impressionantes 40% ao ano, segundo a pesquisa Market Overview - Biological Products, realizada pela Bip Spark. Um importante movimento rumo à agricultura do futuro. A soja e o algodão, com participações de mercado de 67% e 28%, respectivamente, são as culturas que mais utilizam essas soluções atualmente, com impulso de produtividade agrícola e sustentabilidade, com favorecimento ao meio ambiente, solo e aumento da rentabilidade ao produtor.

O feijão ocupa um percentual de 19% e o milho 13%. Os bioinsumos são biodegradáveis e possuem toxicidade mínima, não deixam resíduos prejudiciais nos alimentos ou no solo, pois são produzidos a partir de microrganismos, materiais vegetais orgânicos ou naturais.

Estima-se que o país chegue ao ano de 2025 como o segundo maior mercado do segmento. A Agrivalle, indústria de bioinsumos do Brasil, acompanha de perto esse crescimento. Edsmar Carvalho Resende, conselheiro da empresa, explica que esse avanço está apoiado nos inúmeros benefícios das soluções. “Um deles é a multifuncionalidade dos bioinsumos, que inclui a capacidade de racionalizar e reduzir o uso de agentes químicos e auxiliar a preservação ambiental e a agricultura sustentável”, ressalta.

A ascensão desse mercado no Brasil, inclusive, motivou a criação no ano de 2020 do o Programa Nacional de Bioinsumos (PNB) por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Resende acrescenta que a multifuncionalidade está ligada à biologia, na qual é possível identificar que a atuação de um biológico pode resultar em ações diferentes das planejadas inicialmente. “Isso acontece porque estamos lidando com seres vivos que reagem de maneira distinta ao meio em que estão submetidos. Por isso, são capazes de atacar a doença e, ao mesmo tempo, permitir que a planta produza mais”.

Brasil deve chegar em 2025 como o segundo maior mercado do segmento - Imagem: Divulgação

As moléculas de precisão também têm sido aliadas dos produtores no campo para o combate de situações específicas. Um importante parceiro da Agrivalle, que teve uma área de mais de 5 mil hectares queimada, utilizou-se dessas soluções para regeneração do solo de forma mais rápida, com melhor custo-benefício e sustentável. A indicação tradicional seria utilizar o espaço para pastagem durante 2 anos, porém, com os preços dos grãos em ascensão isso acarretaria em grandes perdas.

“Desenvolvemos em nosso laboratório um produto biológico específico para atuar com intensidade na regeneração desse solo e ser capaz de minimizar os danos causados. Intervimos em um conjunto da biota do solo que permite liberar sua potência, trazendo como resultado o aumento de produtividade que alcançou aproximadamente 10% nesses trabalhos iniciais”, diz Resende. “Trata-se de uma substância seletiva que não causa desarranjo no ecossistema. Isso resulta em diminuição de custos e impede que novas doenças ou pragas se aproveitem da desordem gerada”, complementa.

Outro exemplo da assertividade com o uso de biológicos é o resultado com biológicos no manejo do fungo Rhizoctonia Solani, causador de sérios danos a diferentes tipos de grãos, e que atingiu uma área de 20 mil hectares de um parceiro da Agrivalle, resultando na perda de 20% de produtividade anual. Essa é uma das possibilidades dos bioinsumos de precisão: proporcionar soluções customizadas para diferentes situações.

“Nossa equipe de profissionais e pesquisadores isolou o microrganismo, fez o sequenciamento de genoma, buscou a melhor solução dentre o nosso banco de cepas e produtos já existentes. A partir daí desenvolvemos a estratégia capaz de combater o fungo com a melhor eficiência para que a produtividade retornasse ao parceiro”, afirma. 

A viabilidade operacional é outro ponto destacado por Resende, pois racionaliza recursos naturais como os fertilizantes, sendo uma alternativa técnica e econômica não apenas em momentos de crise, mas em todo ciclo de produção do agricultor. “Há redução de custos operacionais e crescimento da produção com qualidade, sem agredir o meio ambiente e fomentando técnicas agrícolas, sustentáveis e regenerativas”, reforça o conselheiro da Agrivalle.

Para saber mais, acesse o site da Agrivalle, clicando aqui.

Fonte: Agrivalle

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