CNA discute desafios para produção de hortaliças e flores
A Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (13), para tratar de temas como a reforma tributária e os desafios vivenciados pelas cadeias produtivas.
O coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, apresentou uma análise sobre as propostas de reforma tributária que estão no Legislativo e os impactos para o setor agropecuário.
Para o presidente da Comissão, Manoel Oliveira, será necessário considerar as especificidades de cada cadeia nas propostas de reforma tributária.
Ele também ressaltou algumas dificuldades vividas pelo setor. “A horticultura é uma cadeia sensível, pois apresenta alta perecibilidade, o que compromete a estocagem, além de ser dependente dos preços ditados pelo mercado”, destaca.
Segundo Oliveira, a elevação dos custos de produção também é um grande desafio. “É importante considerar que muitos dos nossos produtos tem demanda elástica, ou seja, a elevação no custo não é repassada na mesma proporção ao consumidor, caso contrário, há redução no consumo. A alta nos custos aumenta o peso no bolso do produtor rural”, explicou.
Ao longo da reunião, os membros da comissão levantaram outros desafios vivenciados pelas cadeias de hortaliças e flores, estes muito em linha aos projetos em desenvolvimento pela comissão. Foi citada a dificuldade de acesso a linhas de crédito rural, em decorrência da ausência de garantias. Falaram, ainda, sobre as perdas ocasionadas por eventos climáticos, como chuvas de granizo e geadas.
Ainda na reunião, também foram apresentados os projetos prioritários da comissão em 2023, como a ampliação da farmácia rural para pequenas culturas ( minor crops e minor uses ), a rastreabilidade de frutas e hortaliças, a segurança jurídica nas normas trabalhistas, crédito rural e estratégias de gestão de riscos, além da comunicação positiva e promoção do consumo de frutas e hortaliças.
Agendas - O presidente e a assessora técnica da Comissão participaram de outras reuniões ao longo da semana, na Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV), e na Coordenação-Geral de Qualidade Vegetal, do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV) do Ministério da Agricultura.
As agendas tiveram como pauta estratégias para adoção da rastreabilidade de frutas e hortaliças, e atualizações normativas que visam a ampliação da farmácia rural, além da segurança jurídica e produtiva.