Em ano de pandemia e isolamento social exportações de frutas cresce 6% em volume

Publicado em 21/01/2021 17:20
Apesar da recessão, fruticultura continuou a gerar empregos

Ao contrário de muitas outras culturas afetadas durante o ano de 2020 por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, a produção e exportação de frutas seguiu firme e alcançou a marca de mais de 1 milhão de toneladas de frutas exportadas, crescimento de 6% em relação ao ano anterior. O setor faturou 875 milhões de dólares, 3% a mais que em 2019.

Destaque para as frutas cítricas, como o limão que aumentou 14% em volume em 2020. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) acredita-se que esse bom desempenho esteja ligado também, além dos esforços dos produtores, na busca por alimentos que forneçam vitamina C e que resultem no aumento da imunidade. Manga foi outra fruta que teve crescimento significativo. Foram exportadas mais de 243 mil toneladas, 13% a mais comparado a 2019. As exportações de maçã cresceram 11%, Uva, 9% e melancia 5%.

Para a Abrafrutas, 2020 foi um ano atípico, incerto e desafiador, onde todos os produtores tiveram que reformular os processos de trabalho para que a produção não parasse e, assim, não faltasse fruta na mesa dos consumidores.

Nos primeiros meses, o setor teve que lidar com alguns problemas de logísticas por conta de voos que foram cancelados, porém, logo foram resolvidos e as frutas que embarcavam via modal aéreo voltaram a ser exportadas.

“A fruticultura brasileira, mesmo com todos os problemas adversos ocorridos durante 2020, conseguiu fechar o ano com aumento significativo em valor e volume. Isso se deve, especialmente, ao grande empenho dos produtores rurais que se adaptaram às questões de segurança, no qual atenderam todos os protocolos instituídos para evitar o contágio dos colaboradores e, assim, produziram de forma segura e eficaz frutas saborosas e de qualidade, de maneira que conseguiram atender as demandas com aumento nas exportações”, afirmou o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.  

Na balança comercial, Abrafrutas afirma que o setor é pouco visto, mas em contrapartida, a fruticultura brasileira é grande geradora de emprego. Coelho ressalta que em um ano em que houve grande recessão, onde vários segmentos realizaram cortes financeiros, o setor de frutas seguiu forte, alimentando a população e empregando pessoas.

Fonte: Abrafrutas

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