Hortifruti: Perfil da produção dos tomates tutorado e rasteiro no BR
Para avaliar o perfil fundiário da produção do tomate de mesa tutorado, a Hortifruti Brasil agregou em três os grupos de propriedades, são eles: de até 5 hectares, de 5 a 20 hectares e acima de 20 hectares. O critério foi adaptado de estudos já desenvolvidos pelo projeto Hortifruti/Cepea na aplicação de Painéis de custo de produção com os tomaticultores. Os resultados deste estudo estão no Especial Tomate 2020, divulgado na edição de junho da revista Hortifruti Brasil, em parceria com o Ibrahort/CNTM.
No geral, a produção nacional de tomate de mesa (60% da produção) é concentrada em fazendas acima de 20 hectares. Mas, em números de estabelecimentos, o destaque é de até 5 hectares (40% das fazendas). O perfil de grande porte é mais concentrado no Sudeste, maior região produtora e detentora de propriedades de escala elevada. No Sul está o maior número de estabelecimentos do sistema tutorado.
As propriedades acima de 20 hectares também são as mais representativas em termos de produção, mas as de médio e pequeno portes também são relevantes. O Nordeste responde pela maior participação de pequenas propriedades. No Centro-Oeste, apesar da grande relevância da produção do rasteiro para a indústria, Goiás (principalmente) também produz tomate para mesa.
TOMATE RASTEIRO – No caso da produção de rasteiro, a principal diferença é verificada entre os polos industriais de Goiás, Minas Gerais e São Paulo e o do Nordeste. As propriedades de Goiás, Minas Gerais e São Paulo são de grande escala, enquanto no Nordeste predomina a produção de rasteiro em pequena escala. As propriedades de menor porte (de até 5 hectares) – 94% dos estabelecimentos – representam 59% da produção nordestina do rasteiro.
TECNOLOGIA E MÃO DE OBRA – A produção de tomate sob o sistema tutorado demanda muito mais tecnologia, recursos e mão de obra quando comparada ao rasteiro. Por outro lado, o tutorado resulta em maiores produtividade e valor agregado.