CNA, Mapa e setor produtivo debatem impactos da pandemia na fruticultura
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Ministério da Agricultura e entidades representativas da fruticultura brasileira se reuniram por videoconferência, na terça (2), para discutir os impactos da pandemia do novo coronavírus no setor e medidas para fortalecer a cadeia produtiva.
Na abertura da reunião conjunta da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e da Câmara Setorial do Mapa, o presidente de ambos os colegiados, Luiz Roberto Barcelos, falou da demanda por frutas no mercado interno e do cenário das exportações.
Durante o encontro virtual, o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Erivelton Cunha, apresentou uma análise da entidade sobre os efeitos do Covid-19 na demanda por frutas.
Com relação ao mamão, o preço está abaixo da média dos últimos dez anos devido à elevada disponibilidade da fruta no mercado interno. “A oferta no mercado externo foi prejudicada pelo transporte, pois 90% do mamão é exportado por modal aéreo. Como consequência disso, está sobrando produto no Brasil, com registro de perdas no campo, inclusive”, disse Cunha.
O gestor de Negócios da CNA, Wilson Brandão, participou da reunião e citou as medidas do Sistema CNA/Senar de apoio à comercialização de alimentos, como a Feira Segura e o programa Mercado CNA, uma plataforma de comércio eletrônico criada para aproximar produtores rurais e consumidores.
No sistema é possível fazer o cadastro de acordo com o perfil do interessado, seja produtor rural, associação ou cooperativa que queira vender. Pode fazer o cadastro ainda quem deseja comprar direto do produtor, ou ainda quem é prestador de serviço logístico ou possui uma loja virtual.
Outro ponto discutido na reunião foi a retomada da implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF), lançado pelo Ministério da Agricultura em fevereiro de 2018, com o objetivo de dar apoio ao governo na construção de políticas públicas para alavancar o setor.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura CNA, Luiz Roberto Barcelos, a partir de um diagnóstico foram definidos dez pontos como prioritários, dentre eles defesa vegetal, governança da cadeia produtiva, marketing e comercialização e infraestrutura e logística, marco regulatório e pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“A retomada da implantação do PNDF é fundamental para estimular o consumo de frutas no mercado doméstico e alavancar a produção e a exportação do setor”, disse Barcelos.