Estudo irá revelar como se dá nutrição das árvores de erva-mate no RS
Um projeto de trabalho inédito e conjunto entre Emater/RS-Ascar e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), dentro do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate, proporcionará a realização de um diagnóstico nutricional dos ervais, nos cinco polos ervateiros do Estado. O objetivo é verificar e compreender como está a situação nutricional da erva-mate, árvore símbolo do Estado, e o manejo adotado pelos produtores rurais na condução da atividade.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Ilvandro Barreto de Melo, o diagnóstico proporcionará também o entendimento entre a relação da produtividade, do manejo, da fertilidade do solo e da dinâmica nutricional na planta. "Em resumo, vamos saber como os gaúchos estão alimentando sua árvore símbolo", explicou.
Neste primeiro semestre do ano serão realizadas cem amostragens de solo e cem amostragens de folhas, em 20 propriedades rurais de cada polo ervateiro. Com a análise, a equipe estima que será possível traçar o perfil localizado e a impressão técnica/científica em cada região ervateira do Estado.
"A parceria entre as instituições representa um marco importante na cadeia produtiva da erva-mate, visto focar em um elo extremamente sensível que é a fertilidade e gestão nutricional aplicada à erva-mate, nas milhares de propriedades que cultivam a planta em solo gaúcho. Enquanto a Emater, através de seus técnicos, realiza o trabalho de campo na identificação das propriedades e coleta das amostras, os pesquisadores da Seapdr realizarão as análises laboratoriais de solo e de folhas", avalia Melo.
Os resultados obtidos servirão para criar um marco na nutrição da erva-mate, bem como para alinhavar estratégias que possibilitem correções e adequações na condução da cultura e na valorização para maior qualidade e produtividade dos ervais.
"A nutrição das árvores é uma prática com elevado grau de controle, pois está intimamente correlacionada ao equilíbrio nutricional, à sanidade, à produtividade, à perenidade, à qualidade do produto e à viabilidade econômica do empreendimento", finaliza o engenheiro agrônomo.