Alface: Roças paulistas têm boa produtividade; preços ainda recuam
Nesta semana (20 a 24/04), as alfaces apresentaram nova desvalorização nas regiões paulistas de Mogi das Cruzes e Ibiúna (SP). O motivo foi a maior produtividade – devido ao clima favorável para o desenvolvimento dos pés – e ao baixo consumo, como um dos reflexos da situação da pandemia.
Por causa das baixas nas últimas semanas, a mão de obra é cada vez mais reduzida aos produtores maiores; os pequenos seguem com cautela (poucos funcionários param e/ou são de agricultura familiar. Os planos para redução de área da safra de inverno estão cada vez mais intensos, inclusive de produtores menos afetados, que contam com comercialização direta e garantida para supermercados e sacolões.
Quanto à preparação das áreas para o plantio, produtores não pretendem mudar, por enquanto, a quantidade de insumos. Na região de Ibiúna, a cotação média da crespa foi de R$ 6,55/cx com 20 unidades, queda de 14,94% nesta semana em comparação com a passada. Já em Mogi das Cruzes, a desvalorização da americana foi de 10,27%, com cotação média de R$ 1,28/cx com 12 unidades.
Para maio, o clima (frio e seco) deve continuar favorecendo a produção de folhosas e ainda há incertezas das novas medidas que serão adotadas quanto à redução do distanciamento social, o que pode manter os preços em baixos patamares.