Manga: COVID-19: como o vírus tem impactado o mercado de manga?
A preocupação é coletiva. O novo coronavírus tem atingido, além da saúde das pessoas, a economia dos países por onde ele tem passado. Nesta semana (16 a 20/03), o Hortifruti/Cepea quis saber: como o avanço dos casos no Brasil está impactando as vendas de manga? No geral, o cenário não é positivo. Na ponta da cadeia, os consumidores parecem pouco preocupados em manter a reserva da fruta nos lares. Isso, atrelado às suspensões do trabalho presencial em instituições e interrupções de aulas, foi decisivo para a queda da demanda, como relatado por agentes da Ceagesp.
Assim, para evitar o acúmulo de manga nas prateleiras, atacadistas decidiram desacelerar o ritmo dos descarregamentos e, consequentemente, reduzir os pedidos aos produtores. Este cenário se confirmou quando os próprios mangicultores afirmaram que, apesar da baixa oferta nacional, a procura limitada está dificultando as saídas nas fazendas. No Vale do São Francisco (PE/BA), por exemplo, os preços foram baixados para se equilibrar à demanda decrescente: a tommy foi vendida a valores 29% inferiores aos da semana passada, enquanto a palmer teve queda de 14% na mesma comparação. As exportações continuaram prejudicadas, e o preço da palmer nordestina com destino ao mercado externo teve redução, também nesta semana, de 16%. Confira abaixo os valores médios das negociações.