Commerzbank: cotações de cacau se mantêm em alta com perspectiva de menor oferta
As cotações de cacau seguem em alta nesta terça-feira, 21, por causa de preocupações com uma menor safra na Costa do Marfim, maior produtor do mundo, após escassez de chuvas no País nas últimas semanas, avalia o banco Commerzbank. Desde o início do ano, a alta nos preços foi de 10%.
Na sexta-feira, em Nova York, o preço do cacau ultrapassou a marca de US$ 2.800 por tonelada pela primeira vez desde maio de 2018. Em Londres, o preço do cacau subiu para £ 2.000 por tonelada ontem, nível excedido na sexta-feira pela primeira vez desde novembro de 2016.
Na avaliação do banco, os receios de que os déficits nas colheitas sejam significativos ainda parecem exagerados no momento, já que ainda é possível que haja novas chuvas. As perspectivas de alguns produtores para a safra intermediária, que começa em abril e continua até setembro, são otimistas.
Já a safra principal, ainda em andamento, não é motivo de preocupação porque entre o início da colheita em outubro e meados de janeiro, os embarques para os portos da Costa do Marfim cresceram 9% ante igual período do ano passado, totalizando 1,35 milhão de toneladas.
Além disso, os preços dos contratos futuros que ainda se referem ao ano-safra atual podem subir ainda mais com o aumento da demanda, em antecipação ao valor adicional de US$ 400 por tonelada que será cobrado na próxima safra. O valor foi estabelecido por Costa do Marfim e Gana para tentar melhorar as condições de vida dos produtores de cacau.