Estação Experimental da Epagri em Ituporanga comemora 35 anos com lançamento de cebola resistente a doenças e pragas
Na quinta-feira, dia 14, às 14 horas, a Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (EEItu) lança o seu nono cultivar de cebola, o SCS379 Robusta, em evento de comemoração dos 35 anos de fundação da unidade de pesquisa e dos 28 anos da Epagri. Estarão presentes autoridades locais, regionais e estaduais, entre elas a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter.
Cebola Robusta
A EEItu desenvolveu a cebola SCS379 Robusta para ser um cultivar mais tolerante às pragas e doenças, o que lhe proporciona menor necessidade de utilização de agrotóxicos e maior produtividade no cultivo convencional, orgânico ou agroecológico.
A SCS379 Robusta é tolerante ao míldio, a principal doença dos cultivos de cebola no Sul do país. “Com a menor severidade da doença, o cultivar é mais produtivo que o padrão, sendo uma excelente opção para todos os sistemas de produção: convencional, Sistema de Produção Direta de Hortaliças (SPDH), produção integrada, orgânico e agroecológico” explica Daniel Pedrosa Alves, gerente da EEItu e um dos pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento do cultivar.
O ciclo superprecoce da Robusta é outra vantagem. Ele permite que a planta seja semeada por volta de 15 de abril e colhida já a partir de 20 de outubro. Assim, ela foge dos meses mais quentes do ano, quando o ataque do tripes – principal praga que ataca as plantações – é mais intenso. Para se ter uma comparação, a bola precoce, o cultivar mais plantado em Santa Catarina, tem ciclo que vai do início de junho até por volta de 20 de novembro.
Foram necessários cerca de 15 anos de pesquisas, desenvolvidas por engenheiros-agrônomos mestres e doutores da EEItu, para oferecer ao produtor catarinense o cultivar de cebola SCS379 Robusta. O trabalho atende a uma necessidade latente da agricultura catarinense, já que Santa Catarina é o maior produtor nacional de cebola e a hortaliça é cultivada basicamente por agricultores familiares. O Alto Vale do Itajaí reponde por mais de 70% da produção do Estado.